Nas palavras bem pensadas e seguras de Sérgio de Paula, há razões de sobra para ser otimista com o ano de 2020. Presidente do Diretório Estadual do PSDB e secretário especial do governador tucano Reinaldo Azambuja, ele assumiu mais uma vez a grande responsabilidade de compatibilizar as atribuições político-partidárias e administrativas. Mas, já se acostumou ao ritmo frenético de trabalho do governador, a quem acompanha há mais de 20 anos.
Na área política, as previsões de Sérgio de Paula apontam para um novo ciclo de crescimento do PSDB, sobretudo em função das disputas municipais. Se em 2016 as urnas deram aos tucanos o comando de 36 prefeituras, nos três anos seguintes a gestão de Reinaldo Azambuja e o poder de articulação de Sérgio de Paula fizeram esse número saltar para 44.
Dois dos novos filiados vieram de legendas com históricos de enfrentamentos na vida eleitoral dos tucanos: os prefeitos de Anaurilândia, Edinho Takazono, ex-MDB, e Marquinhos do Dedé, de Vicentina, que em seu primeiro mandato pertencia ao PT. De Paula crê que com planejamento, trabalho, fidelidade programática e mobilidade é possível apostar no aumento dessa legião.
ALIADOS
Entretanto, o dirigente pondera ser preciso considerar e respeitar a realidade de cada município, as costuras eleitorais e o legítimo desejo dos partidos aliados, que também querem lançar seus candidatos majoritários. “A recomendação é serenidade”, diz. Sobre Campo Grande, de Paula lembra que o partido adotou resolução pela qual esta questão só será tratada oficialmente a partir de abril de 2020.
Nomes para uma chapa majoritária sobram, entre os quais o da deputada federal Rose Modesto. E há uma inclinação manifestada por Azambuja, favorável a apoiar a candidatura do prefeito Marquinhos Trad (PSDB) à reeleição. O partido vai discutir isso dentro de sua liturgia regimental e política. Sérgio de Paula procura tranquilizar quem teme divisões internas com a adoção de qualquer dessas alternativas. E garante: Rose não deixa o PSDB.
Sobre as expectativas em relação ao governo, Sérgio de Paula enfatiza estar ainda mais convicto e tranquilo. Admite que as dificuldades financeiras do País seguem sufocando a economia dos estados. Contudo, os sul-mato-grossenses, em cinco anos de Azambuja, conhecem e testemunham que há firmeza de compromissos e competência gerencial para a condução do Estado em meio às tormentas. O planejamento, a estratégia de gestão e a potencialização das possibilidades de desenvolvimento colocam Mato Grosso do Sul em condição diferenciada e os indicadores de desempenho atestam esta realidade, observa o dirigente.