Preso desde novembro do ano passado, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, do (P)MDB, apontado na Operação Lava Jato como chefe do maior esquema de corrupção já existente no Estado, completou no último dia 18 um ano de prisão.
O político já foi condenado, no total, a 72 anos e quatro meses de reclusão, sendo duas sentenças aplicadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, e uma por Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele pode ser condenado a mais de 300 anos de prisão.
Na Operação Lava Jato, no Rio, a promotoria diz que o esquema na Secretaria de Saúde do Governo Sérgio Cabral (PMDB) e ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) desviou R$ 300 milhões.
As fraudes saíram de importações e licitações internacionais e superfaturamento em contratos com órgãos públicos.
“Nós acreditamos em aproximadamente R$ 300 milhões em relação ao que já foi levantado. Mas pode ser inclusive maior em virtude de outras contratações que não foram ainda apuradas e procedimentos administrativos”, declarou o promotor do caso.
“O universo é bem grande. Nós fizemos o levantamento das importações focadas nessa área de equipamentos médico-hospitalares. Na verdade, o foco da venda desse cartel era em relação a equipamentos médico-hospitalares. Nós entendemos que pode ter tido influência em todo o sistema de saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Ainda vai ser aprofundado em relação ao impacto disso. Nós temos certeza da corrupção, do cartel, da organização criminosa, do embaraço. Agora, de todo o dano, a gente tem que mensurar e vamos mensurar isso através de análise documental, análise de todas as importações, de todos os procedimentos administrativos e vamos precisar de colaboração de todas as instituições para um trabalho mais aprofundado do tamanho do rombo que isso pode ter causado à secretaria de Saúde e também nessa visão de perda monetária para o exterior”.
“Diante da grandiosidade do esquema criminoso, a presente denúncia não esgota todos os crimes de lavagem de dinheiro cometidos no Brasil, nem tampouco todos os fatos praticados pelo grupo, não representando arquivamento implícito quanto a pessoas ou fatos não denunciados, especialmente em razão de ainda estarem em curso diligências para identificação do destino dos recursos ilícitos angariados pela organização criminosa”, esclarecem os procuradores.
Em uma planilha do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, do (P)MDB, o Ministério Público Federal (MPF) conseguiu desvendar parte das despesas pagas por ele no suposto esquema de corrupção em que é apontado como chefe durante seu governo. Entre os pagamentos, a ex-sogra Ângela e a ex-cunhada Nina Neves também foram beneficiadas com os recursos.
O documento apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Eficiência traz menções a ex-sogra e a ex-cunhada. De acordo com a reportagem, ao lado dos nomes das ex, “há também os nomes dos bancos nos quais têm conta, com anotações de depósitos mensais de R$ 7.500 para cada uma – no total, elas teriam recebido R$ 37,5 mil do esquema. Os pagamentos teriam ocorrido entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015”, conforme informa o jornal.
Para a missão de elucidar as despesas, os procuradores contaram ainda com a colaboração dos irmãos Marcelo e Renato Chebar, ex-operadores do esquema que fecharam acordo de delação premiada. Os dois deram detalhes dos gastos de Cabral, que vão desde custos médicos a tratamento psicológico da esposa – tudo pago com dinheiro de propina.
A última denúncia contra o ex-governador, foi resultado da Operação Eficiência e Hic et Ubique, realizadas no âmbito das investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro. Segundo a força-tarefa, o esquema movimentou US$ 100 milhões no exterior. Cabral é apontado como o líder da organização criminosa.
Estes aqui relatados são alguns fatos do tamanho da roubalheira na qual o chefe do executivo do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, do (P)MDB, organizou, chefiou e administrou uma fortuna incalculável para os simples mortais.
Sérgio Cabral acabou com as finanças e a economia do estado do Rio de Janeiro, deixando um legado de roubos, desfalques, lavagem de dinheiro e a montagem de uma organização criminosa sem precedentes no estado.
Os funcionários públicos e a população sofrem até agora com o terrível legado de Sérgio Cabral e seus asseclas.