O senador Waldemir Moka (MDB-MS) resolveu “abraçar” a luta de Ponta Porã pela implantação de um Porto Seco, convencido de que o projeto abre caminhos para novos negócios e empregos na fronteira. “E é isso que a nossa juventude está precisando: novas oportunidades de renda”. Moka pretende promover reunião em Brasília com os interessados e a Receita Federal para iniciar as bases de uma discussão “sólida e realista, porque vencer a barreira das Aduanas é um alvo importante”, assinalou.
Moka disse que o prefeito Hélio Peluffo está muito certo ao “buscar alternativas inovadoras para o desenvolvimento da fronteira”. Os portos secos geram redução do custo da armazenagem, na velocidade do desembaraço aduaneiro e nos custos do transporte internacional, facilitando o comércio entre os países.
O Porto Seco é um recinto alfandegado, onde se realizam operações de movimentação, armazenagem e despacho de produtos controlados pela aduana. Ele situa-se em zona secundária do território aduaneiro e é destinado à prestação de serviços públicos, efetuado por terceiros.
Atualmente, no Brasil há 36 Portos Secos, que têm o objetivo interiorizar e reduzir custos logísticos e agilizar os trâmites da aduana nos portos e aeroportos. No Mato Grosso do Sul existe apenas um Porto Seco implantado, no município de Corumbá, administrado pela AGESA – Armazéns Gerais Alfandegados de MS Ltda. No Brasil, os portos secos movimentam cerca de 30 % do comércio exterior, tendo destaque no agronegócio, indústria calçadista e equipamentos de informática, gerando diversos empregos diretos e indiretos.
Moka vai lutar pela liberação da Receita para implantar o Porto Seco de Ponta Porã, que fica mais viável com a abertura do corredor logístico de exportação de grãos via Porto de Concepción, no Paraguai.
Moka assinala que o Paraguai oferece um ambiente cada vez mais favorável à atração de investimentos estrangeiros, principalmente após a edição da Lei de Maquila que já atraiu cerca de 124 indústrias, das quais 80% são brasileiras.