O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, voltou a fazer contundentes apelos para que a população evite sair de casa e pratique o isolamento social amplo sem cerimônia. Também salientou que o governo estadual reforça o monitoramento de todas as medidas restritivas que editou e investe no reforço à estrutura de atendimento na rede pública de saúde. Tudo isso – explica – para que a sociedade se convença que precisa aderir ao amplo isolamento social.
“Além de estar sob a ameaça de danos maiores com a pandemia, tendo em vista o crescimento dos números de óbitos e infecções, com os baixos índices de isolamento social, o Estado pode entrar em risco de ter comprometida sua capacidade de cobertura hospitalar”, pontuou. Por causa disso, o governo já se antecipa com várias providências, entre as quais a estratégia de emergência para aparelhar o sistema, pondo à disposição dos municípios mais equipamentos e insumos.
AMPLIAÇÃO
Na quarta-feira (29) o Diário Oficial do Estado publicou o Mapa Hospitalar de Leitos Clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ao Plano de Contingência Estadual para Infecção Humana pelo Coronavírus. Com esse mapa, foi ampliado para 1.468 o número de leitos destinados ao tratamento da doença. Já estão disponíveis 705 leitos clínicos (adultos), 174 leitos clínicos pediátricos, 145 leitos de UTI (adultos) e sete leitos de UTI infantis. Estão em ampliação 279 leitos clínicos (adultos); 14 leitos clínicos pediátricos; 141 leitos de UTI adultos e três leitos clínicos infantis.
Geraldo Resende insiste na reflexão sobre a gravidade da crise e ressalta que a situação confortável na disponibilidade de leitos não pode representar uma diminuição nas medidas de contenção para evitar a propagação do vírus. “O exército do SUS precisa ser fortalecido e cada um precisa fazer sua parte, mantendo o isolamento social, as regras de higiene e os cuidados com os grupos de risco”, recomendou.
A medida que o isolamento social vem registrando uma diminuição na adesão, os números de casos confirmados de coronavírus vem crescendo gradativamente. Entre 1º e 26 de abril, a média diária de casos confirmados foi de 7,2 exames positivos para a doença. Em março, a média ficou em 2,7 casos por dia, o que dá uma diferença de 166% em apenas um mês.
“Completamos 61 dias do primeiro caso confirmado em Mato Grosso do Sul e nós identificamos que há uma linha ascendente do número de casos novos. Mais um motivo para mantermos o isolamento social. A média diária aumentou muito. É um dado matemático que possibilita acompanhar a evolução do caso em Mato Grosso do Sul”, acredita a secretária-adjunta da SES, Christinne Maymone.
