O deputado Professor Rinaldo (PSBD) apresentou, em sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, um novo projeto de lei. A proposta institui no âmbito de Mato Grosso do Sul o serviço de apoio psicológico e social ao aluno da rede pública de ensino em situação de vulnerabilidade.
“Muitos jovens estão solitários e com enormes dificuldades de conviverem num ambiente de muita competição. Atualmente, o jovem estudante tem encontrado dificuldades para conseguir um estágio ou emprego definitivo para começar sua vida profissional. Isso frustra o jovem estudante do seu sonho e o resultado é o pior possível”, afirmou o deputado, defendendo que a aprovação do projeto é importante para a saúde mental e amparo social dos jovens.
FEMINICÍDIO
Rinaldo também usou a tribuna para lamentar a morte de mais uma mulher vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. “É inadmissível que vivamos em uma sociedade de mais de 2 mil anos e ainda há pessoas que não conseguem conviver com o diferente, com a adversidade”, discursou o deputado.
Ele se referiu ao assassinato de Rose Meire Fermino de Andrade Mendonça, pastora em Aquidauana, morta a tiros pelo ex-marido Carlos Alberto Mendonça durante o culto, por ele não ter aceitado a separação.
“Independentemente de religião, uma pessoa entrar em um templo religioso, lotado e ter a coragem de assassinar alguém a sangue frio é chocante. O Brasil tem números de países em guerra e é preciso mudar essa realidade indo na raiz da violência, discutindo o mundo que queremos, com mais harmonia, compreensão e temor a Deus”, considerou o deputado Barbosinha (DEM) em aparte.
Rinaldo ponderou que mudar uma cultura não é fácil. “Está provado que é preciso mudar a formação cultural, em que vem desde as frases ‘meu filho é macho, é forte, tem várias namoradinhas’. Aí no futuro ele se sente empoderado inconscientemente a fazer coisas como essa, que extrapolam a razão humana. O Brasil é dos países que mais matam mulheres e isso vem crescendo”, lamentou.
O parlamentar citou que é preciso iniciativas como a Lei Estadual 4.969/2016, de sua autoria, que criou o ‘Programa Maria da Penha vai à Escola’ visando sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher a crianças e adolescentes ao divulgar a Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir tal violência. “Ampliar a efetividade das leis, aumentar a punição aos agressores e educar as pessoas”, disse Rinaldo.