Ao comentar as celebrações no Dia Internacional da Mulher (8 de Março), o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB) disse que as instituições e a sociedade têm uma grande e histórica dívida na questão de gênero. “Homenagens são merecidas e necessárias, mas tornam-se vazias sem um gesto firme da sociedade e das instituições, em posturas e políticas de afirmação que as valorizem, protejam e promovam, riscando do mapa cultural o preconceito, a violência e a desigualdade nas relações sociais e econômicas”, afirmou.
O deputado disse que, mesmo homenageando mulheres identificadas por ações importantes, muitas vezes não se percebe que “desviamos nosso olhar, sem intenção nenhuma, de tudo aquilo que tem sido construído por meio desta participação feminina, não só no local onde vivemos, mas no mundo todo”. Como exemplos comparativos, ele citou que se homenageia uma astronauta com importantes missões científicas, mas não se reverencia as professoras que a ajudaram, desde a infância, no sonho de ir ao espaço.
Rinaldo referiu-se à presença das mulheres na guerra ao coronavírus. De acordo com a ONU, a maioria dos países de maior sucesso no combate à Covid-19 é dirigido por mulheres. “Chefias de Governo na Dinamarca, Etiópia, Finlândia, Alemanha, Islândia, Nova Zelândia e Eslováquia foram amplamente reconhecidas pela agilidade, determinação e eficácia na luta contra a pandemia. Porém, as mulheres são chefes de Estado ou de Governo em apenas 20 países. Importantes decisões em nível global não ficam em suas mãos”, assinalou.
MÉRITOS
Por indicação do Professor Rinaldo, a juíza Denize de Barros Dódero, diretora do Foro de Campo Grande, recebeu na Assembleia Legislativa (Alems) o troféu Celina Jallad. O fato fez parte da sessão especial do Dia Internacional da Mulher. Denize foi escolhida por Rinaldo em virtude de sua nomeação histórica, sendo ela a primeira mulher a ocupar a direção do Foro local, depois de 30 magistrados que ocuparam o cargo em 110 anos.
“Seguiremos juntos, construindo histórias e realizando sonhos, por um mundo plural, em que os espaços de poder sejam desvinculados de qualquer perspectiva de gênero e os contextos de liderança representem caminhos de liberdade, respeito e segurança”, sublinhou a juíza. “A magistratura ainda é dominada por homens. Ter uma juíza de competência em cargo tão importante é um incentivo para as profissionais de carreira jurídica e também de outras áreas”, emendou Rinaldo.