A obra de revitalização da área central de Campo Grande passou por quatro administrações, antes de o contrato ser firmado na última terça-feira (15) entre a prefeitura e Engepar Engenharia. Serão agora 22 meses para intervenções na Rua 14 de Julho, entre as avenidas Fernando Côrrea da Costa e Mato Grosso, totalizando investimento de R$ 49,2 milhões.
O marco histórico foi relembrado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), junto com agradecimentos a ex-gestores, senadores e deputados federais que possibilitaram o destravamento do projeto financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O trâmite durou nove anos.
“Campo Grande sabe o tamanho do presente que está ganhando. Liguei para o Nelsinho Trad [PTB] e Alcides Bernal [PP], porque essa obra tem as impressões digitais deles”, disse Marquinhos em ato no cruzamento da Rua 14 de Julho com Fernando Côrrea da Costa.
Foi a Engepar Engenharia quem arrematou os três lotes da obra, popularmente conhecida como Reviva Centro. A primeira fase custará R$ 49.238.507,65 e antecede as máquinas um levantamento sobre estruturas de água, esgoto e drenagem no subsolo da 14 de Julho.
Diretora-executiva de projetos estratégicos, Catiana Sabadin explicou que um arqueólogo acompanhará as intervenções para evitar possíveis surpresas na proximidade da Praça Ary Coelho. Isso porque o local já foi um cemitério. Com a perda de vagas de estacionamento, pelo alargamento das calçadas, ela destacou que haverá incentivo para estruturas verticais.
As intervenções contemplam entre 12 a 14 quadras, com extensão de 1,4 km, sendo utilizados tapumes para não prejudicar o acesso de clientes as lojas. A previsão é de que estas durem, em média, três meses em cada duas quadras.
Compõe a primeira etapa do projeto mudanças na fiação elétrica, drenagem, pavimentação, calçada, paisagismo e mobiliário. A proposta inclui ainda alteração nas redes de distribuição de água, gás e coleta de esgoto, assim como acessibilidade, sinalização viária, iluminação e paisagismo. O histórico relógio da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena também deve voltar.
Há compromisso, conforme o sócio da Engepar Carlos Clementino, de que os lojistas sejam minimamente afetados pela obra, que deve gerar ao menos 200 empregos diretos.
“Essas obras de requalificação de todo o Centro vão reverter um processo de degradação e perda patrimonial, tornando a região confortável, segura e integrada”, disse o prefeito Marquinhos Trad. Tal medida tem sido demandada há décadas por empresários e chegou a hora de colocar em prática este projeto.
Presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro comemorou que o projeto saiu do papel, aconselhou aos empresários a realizar eventuais reformas durante as intervenções da prefeitura e que esta não se esqueça dos 205 prédios hoje fechados no Centro da Capital.
A Rua 14 de Julho passará a ser uma espécie de shopping a céu aberto, à semelhança de outros municípios do Brasil que já implementaram obras similares com grande sucesso.
É a modernidade chegando a Capital do estado que merecia esta obra há muito tempo e que agora contará com um polo de comércio totalmente revitalizado, gerando novos empregos e consequentemente renda.
O estacionamento vertical ora proposto pela empresa que fará a obra é uma necessidade não só na Rua 14 de Julho, mas em toda a área central de Campo Grande.