Mesmo com a sobrecarga de uma conjuntura recessiva e de dívidas acumuladas que herdou da administração anterior, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) entra na reta final de seu primeiro mandato exibindo vitórias marcantes – a mais recente está consagrada no demonstrativo de desempenho e a participação dos estados na economia brasileira em 2017. Reflexos da gestão estratégica concebida por Azambuja, os números dão ao governo e ao povo sul-mato-grossense razões consistentes para festejar e renovar a confiança no futuro.
Quando assumiu, em janeiro de 2015, Azambuja encontrou o Estado nas últimas posições do ranking de contribuição com o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Três anos depois, e faltando um para concluir seu mandato, o governador tucano vibra com o salto de Mato Grosso do Sul, que passou da 17ª para a 16ª maior economia do País. Com um PIB de R$ 83,1 bilhões, Mato Grosso do Sul elevou de 1,2% para 1,4% a sua participação na economia nacional. Apesar da retração econômica nos últimos três anos, a taxa de crescimento do conjunto de riquezas, bens e serviços do Estado foi uma das melhores, pontuando como o 3º melhor índice do Brasil.
A força da economia estadual, demonstrada nos indicadores de 2015, resultou também na elevação do Estado para a 8ª posição no ranking brasileiro do PIB per capita. Também no gráfico de desempenho macrorregional, a participação da economia estadual no PIB do Centro-Oeste também aumentou: foi de 13,32% para 14,33%. A maior economia regional é a do Distrito Federal, que lidera o ranking per capita. A base econômica do DF é sustentada pelos segmentos de serviços, administração pública, comércio, instituições financeiras e atividades imobiliárias.
Azambuja não deixa de dar crédito e reconhecer o empenho de sua equipe, a colaboração decisiva dos servidores e a presença da sociedade no esforço conjunto de enfrentar a crise e, ao mesmo tempo, integrar-se às iniciativas governamentais voltadas à retomada do crescimento. O Estado – observou ele – tem permanecido entre os que mais geram empregos e, proporcionalmente, atraem investimentos nos diversos setores de atividades econômicas.
PLANEJAMENTO
Para explicar o sucesso da performance do governo do Estado é essencial considerar duas condições que ele criou para resistir à recessão e abrir opções seguras de desenvolvimento: o planejamento da gestão estratégica e a mudança inovadora do modelo administrativo. A desaceleração da economia nacional, já sinalizada em 2014, fez com que em 2015 Azambuja adotasse, logo no primeiro ano de governo, um plano de reposicionamento das ações e uma reforma administrativa.
Entre as ações, fortaleceu a política de indução ao desenvolvimento, para garantir o fluxo de investimentos privados e novos empreendimentos. As ações deram resultado e o Estado foi, na fase mais aguda da crise, o único a ter saldo positivo na geração de emprego. Todas as atividades econômicas foram afetadas pela recessão, mas em menor grau no Estado. “O equilíbrio das contas foi fundamental para atravessarmos a crise”, segundo o governador.
A variação de 0,5% na taxa de crescimento do PIB do Brasil em 2014 já apontava que a economia brasileira estava em um forte processo de recessão econômica, que veio a se confirmar com os resultados negativos das taxas de crescimento, de -3,55% em 2015, e de –3,60% em 2016. De acordo com a série histórica, Mato Grosso do Sul vinha mantendo uma taxa média de crescimento de 4,7%. Caiu para 2,6% em 2014 e, em 2015, a perda de ritmo da economia nacional se acentuou. As informações estão publicadas no Portal da Transparência do Governo de MS.
O bom desempenho das principais atividades agrícolas contribuiu para que o PIB suavizasse o tamanho da queda em 2015, quando a agropecuária cresceu 10,1%, sendo carregado pelo avanço na produção de grãos como milho e soja, que ampliaram o volume produzido de 2014 para 2015 em 18% e 15% respectivamente, ajudado ainda pelo aumento em culturas como a mandioca, o arroz e sorgo que juntos contribuíram para que a agricultura crescesse 16,3%. O setor florestal direcionado à atividade da indústria da celulose também teve comportamento favorável, de 12%.
MUNICIPALISMO
Característica acentuada do perfil político de Azambuja, seu envolvimento com as causas municipalistas sinaliza um dos pontos efetivos desse desempenho vitorioso na retomada do desenvolvimento estadual. Em 2017 Azambuja fez com que o Governo contemplasse os 79 municípios de Mato Grosso do Sul com investimentos que totalizam R$ 2 bilhões 430 milhões 288 mil 999,24. Esses repasses, da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), são 2,13% superiores aos de 2016, quando os municípios receberam R$ 2 bilhões 379 milhões 604 mil 184,31.
O maior repasse é referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A maior fonte de receita do Estado registrou aumento de 7,35% e passou de R$ 1 bilhão 792 milhões 281 mil 885,90 em 2016 para R$ 1 bilhão 924 milhões 028 mil 711,85. Constitucionalmente, os municípios têm direito a 25% de toda a arrecadação de ICMS feita pelo Estado. Esse percentual é dividido com base em critérios definidos por lei.