Uma das principais iniciativas para a diversificação econômica em Mato Grosso do Sul foi a decisão do Conselho Estadual de Política Agrícola e Agrária (Cepa) de aprovar o Programa Estadual de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Peixe (ProPeixe). O programa tem como objetivo geral promover o fortalecimento da cadeia produtiva da piscicultura por meio de práticas ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, conforme o superintendente de Ciência e Tecnologia da Semagro, Rogério Beretta.
Segundo dados da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Mato Grosso do Sul fechou o exercício de 2020 com mais de 1.100 produtores de peixe, 2.441 hectares de tanques escavados (960 hectares estão desativados ou sem exploração comercial), 1.767 unidades de tanques rede, 28 produtores de alevinos; e 102 estabelecimentos “pesque-pague”. A produção alcançou 20.300 toneladas de tilápia e 3.600 toneladas de peixes nativos em 2019/2020.
OBJETIVOS
Com o ProPeixe, o objetivo governamental é produzir, por meio de projetos específicos de cada área de atuação, 36.000 toneladas de peixes em 2021 e 55.000 toneladas em 2022. Também pretende aumentar a capacidade de processamento de pescado no Estado, passando para 37 mil toneladas em 2021 e chegando a 62 mil toneladas em 2022. Para isso, será necessário otimizar a capacidade instalada da indústria local, aumentando-a dos atuais 58%, para 70% em 2021 e 80%, até o ano seguinte.
Com essas metas, o aumento no volume de exportações poderá chegar e superar as três mil toneladas em dois anos, reposicionando Mato Grosso do Sul nos lugares de ponta do ranking nacional da piscicultura. O CEPA é órgão consultivo e deliberativo, instância máxima na tomada de decisões que envolvem agricultura e pecuária no Estado.