Estruturar e consolidar o emblemático Parque dos Poderes como um dos principais espaços ambientais urbanos de referência em sustentabilidade. Estes são os objetivos conceituais do projeto de revitalização da área, já em andamento. Uma das marcas dessa intervenção é a preservação das riquezas nativas, especialmente a mata e a fauna. O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, assinala que o projeto foi elaborado “pensando em cada detalhe” para garantir uma obra, de fato, sustentável.
Riedel destaca alguns desses cuidados e cita que as ciclovias serão feitas com traçado diferente, para que nenhuma árvore seja derrubada. O projeto, de acordo com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), pontuou e referenciou detalhadamente cada contexto da vegetação e da fauna para que não fossem afetadas. “A intenção é que a reforma só traga benefícios aos servidores que trabalham no local e à população que frequenta o espaço para atividades físicas, esportivas e de lazer”, diz.
Também não haverá qualquer supressão de vegetação nativa. Somente será retirada a grama do canteiro central, para a adequação, com reposição posterior. O projeto prevê um toque paisagístico especial, em volta do canteiro central e em outros pontos do Parque, entre os quais a área em frente à Governadoria, na Avenida do Poeta Manoel de Barros.
COMPROMISSOS
“Estamos no meio de uma reserva ambiental que muito nos orgulha. Todo o projeto foi planejado para reduzir ao máximo o impacto ao meio
ambiente, pois é um lugar em que dividimos o espaço com a biodiversidade”, reiterou Riedel. “A área é cartão postal, é uma fotografia de compromissos com a natureza, mas ao mesmo tempo é um espaço de convivência e de trabalho, abrigando ambientes que unem decisões políticas, famílias, esporte, lazer e a natureza”, emendou. Os investimentos são de R$ 18,9 milhões.
As obras foram iniciadas em agosto, logo depois que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou a ordem de serviço. Na Avenida do Poeta Manoel de Barros, a primeira etapa prevê os serviços da rotatória da Agesul até a Secretaria Estadual de Educação (SED). Neste período serão feitas algumas interdições para execução das obras, sempre liberando uma das pistas em frente às secretarias para não prejudicar o trânsito. Depois serão tratadas as avenidas Valdir dos Santos Pereira e Desembargador José Nunes da Cunha. E na fase seguinte será a vez da Avenida Manoel de Castro Pontes Júnior.
Esta é a primeira reforma da história do Parque em 30 anos. A área vai dispor de uma restauração funcional do pavimento, com a drenagem das águas pluviais, urbanização, implantação de ciclovias e acessibilidade para as calçadas. Será de 110 mil metros quadrados o total de recapeamento asfáltico, além de 4 km de pista de caminhada e corrida e 4,2 km de ciclovia no canteiro central. Estão incluídas três estações de ginástica, 70 bancos de descanso, paisagismo e medidas que garantem mobilidade e acessibilidade.
Os estacionamentos, lixeiras e instalação de 41 abrigos nos pontos de ônibus estão previstos como estruturas para melhorar as condições para os servidores que utilizam o transporte coletivo. O Parque terá estruturas de apoio à higiene, limpeza e saúde, como banheiros masculinos, femininos e adaptados para as pessoas com deficiência.