Até à semana passada o Brasil já havia vacinado perto de 140 milhões de pessoas – ou aproximadamente 67% do total da sua população. Mas o coronavírus continua vivo e ativo, circulando, agora com a nova cepa, a Ômicron, que já começa a aparecer em casos de contaminação e óbitos. O País tem 22,2 milhões de casos e aproxima-se da casa dos 620 mil óbitos.
Nem esses números, entretanto, são suficientes para demover maciçamente a parcela da população que quer fazer e brincar o carnaval, mesmo sabendo que sem o uso de máscaras e sem o distanciamento seguro existe o risco de contaminação. Segundo a repórter Carla Araújo, do portal UOL, consultou dados que indicam o crescimento de cuidados e de cautela na sociedade por causa do potencial contagioso da doença.
Carla escreveu que enquanto o governo de Jair Bolsonaro tenta flexibilizar as condições determinadas pelo ministro Alexandre Barroso, do STF, cobrando que o comprovante de vacinação de estrangeiros em desembarque no Brasil seja obrigatório, a maior parte da população (66%) afirma temer a convivência com pessoas que não tenham tomado a vacina contra a Covid-19.
EXIGÊNCIA
O levantamento foi feito com base em 2.016 entrevistas, nas 27 unidades da federação, entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O presidente da CNI, Robson de Andrade, disse que a vacinação em massa foi determinante para o país conter a disseminação do vírus e que a entidade “apoia todas as medidas que ajudam no combate à Covid-19”.
EM PÚBLICO
A pesquisa mostrou ainda que, entre os indivíduos que não tomaram nenhuma dose de vacina, há um receio menor de frequentar locais públicos. Enquanto 65% dos brasileiros totalmente imunizados têm algum receio de ir a shows e eventos, o percentual cai para 39% entre aqueles que não tomaram nenhuma dose do imunizante.
O levantamento também questionou a obrigatoriedade do uso das máscaras. Enquanto 49% da população se manifestou contra o fim da exigência do uso do equipamento de proteção, 39% dos entrevistados se mostraram favoráveis às medidas que tornam o uso de máscaras facultativo. Dez por cento não são nem a favor nem contra e 2% não sabem responder. Os não vacinados são os mais favoráveis ao fim da obrigatoriedade de máscaras. Entre eles, o percentual é de 50%, contra 38% entre aqueles que estão totalmente imunizados.