A maioria da população já percebe as mudanças na saúde pública e sente o alcance do programa lançado pelo governador Reinaldo Azambuja para diminuir a fila na rede pública de saúde, avaliou nessa terça-feira o secretário de Saúde, Nelson Tavares, em entrevista ao Jornal do Rádio, da Educativa 104 FM. Tavares fez balanço das ações desenvolvidas pela Caravana da Saúde em Aquidauana e destacou a realização de 500 cirurgias, incluindo procedimentos de alta complexidade.
De acordo com o secretário, pesquisa realizada em Campo Grande, onde o atendimento será feito no mês de maio, aponta que pelo menos 80% da população conhecem as ações da Caravana da Saúde e têm expectativa positiva quanto a solução para seus problemas de saúde. “Cerca de 80% da população acreditam que houve uma melhoria grande na saúde pública. Muitos disseram conhecer o programa por terem algum amigo ou parente que foi atendido em um dos nove mutirões já realizados no interior”, disse Tavares.
O próximo atendimento no interior será em abril, na região da Grande Dourados. Segundo o secretário, o Governo do Estado já está desenvolvendo ações junto à rede hospitalar de Dourados, qualificando e ampliando o atendimento, de modo que parte da demanda esperada para a Caravana estará resolvida até abril.
Para Nelson Tavares, o alcance da Caravana de Saúde não se restringe apenas às consultas e cirurgias, mas inclui também ações preventivas. A seu ver, o importante é que a população percebe a importância da Caravana da Saúde para redução da fila de espera e os mutirões criam um ambiente de confiança na rede pública de saúde, tornando o atendimento mais humano e com menor tempo de espera. Para o secretário, só um programa desse porte é capaz de atender a uma demanda reprimida ao longo de vários governos.
Sobre as ações realizadas entre quarta-feira e domingo em Aquidauana, Nelson Tavares destacou que pacientes que esperavam há mais de dois ou três anos por uma consulta puderam finalmente receber atendimento em diversas especialidades. Quase 2 mil pessoas se cadastraram para consultas e ou cirurgias. “Pacientes esperaram até três anos por um diagnóstico”, disse Nelson Tavares, lembrando que a Caravana da Saúde leva ortopedistas, otorrinolaringologistas, cardiologistas, urologistas, dermatologistas e neurologistas, entre outros especialistas. Hoje o que leva ao crescimento das filas de espera é justamente a deficiência da rede pública em atender nas especialidades médicas.
Em Dourados os mutirões começaram na segunda-feira no âmbito do Hospital Regional de Cirurgias Eletivas, aparelhado para atender os 33 municípios que compõe a região da Grande Dourados.
O primeiro hospital implementado pelo Governo do Estado para regionalizar a rede pública de saúde já realizou 200 cirurgias eletivas em três meses de funcionamento. (Assessoria)