Uma das principais autoridades que prestigiaram o lançamento da pedra fundamental da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, o senador Nelsinho Trad (PSD) afirma ter participado da realização de um antigo sonho. “É a concretização de um projeto que vem sendo sonhado há muito tempo, a rota bioceânica. Esta ponte é a principal obra desse caminho de diferentes modais de transporte, sobretudo o fluvial e o rodoviário, para integrar a América Latina e nos colocar mais próximos do Pacífico”, diz.
A solenidade não contou com o presidente Jair Bolsonaro, em virtude de um mau tempo para pouso e decolagem de aviões na região. No entanto, o senador pessedista, defensor da ideia integracionista dos latino-americanos, fez questão de participar, enfileirando-se com o presidente paraguaio, Mario Abdo Benitez, governador Reinaldo Azambuja e outras autoridades dos dois países.
“Teremos aqui no Estado um dos principais polos desse novo desenho econômico e social no continente. A Rota Bioceânica vai integrar o comércio, a cultura e o turismo de quatro países: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile”, destaca. Nelsinho Trad considera que, com esse novo traçado para chegar aos portos do Chile e daí ao Oceano Pacífico, o Brasil terá um elevado acréscimo em competitividade nos mercados externos.
Ele argumenta que os custos com o escoamento serão menores e isso impactará positivamente nos preços dos produtos brasileiros. Durante a cerimônia, o presidente do Paraguai recebeu o título de cidadão sul-mato-grossense e, em seu discurso, destacou a importância da Rota Bioceânica. “É a maior integração estratégica”, concorda Mário Benítez.
A ponte bioceânica será construída no km 1.000 da Hidrovia do Paraguai. Terá 680 metros, duas pistas de rolagem e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas. Ficará a quatro quilômetros do centro urbano de Porto Murtinho. A obra custará US$ 102,6 milhões (R$ 576 milhões). Os recursos são da Itaipu Binacional. “Fazemos parte deste projeto e o defendemos, porque vai encurtar distâncias e atender o nosso país, o Paraguai, a Argentina e o Chile”, destacou o senador Nelsinho Trad.