Localizada em Corumbá, no coração no Pantanal, atrai visitantes para registros fotográficos e contém obra de 1.300 m² do renomado artista internacional, corumbaense Edson Castro.
A ponte de captação no Rio Paraguai da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul é um dos principais cartões postais da Cidade Branca. A localidade tem 1.300 m² de pintura da malha do peixe cachara, feita em 1999 pelo corumbaense Edson Castro, em projeto de sua autoria e da produtora cultural Caroline Garcia. Com o sucesso do renomado artista que pintou a ponte e conquistou o público europeu e, atualmente, se tornou cidadão francês e faz exposições fixas na França e na Alemanha, a obra (patrimônio da Sanesul) – bem no coração do Pantanal – ganha os olhares dos apaixonados pela arte.
Dezenove anos após a criação dessa pintura, Edson Castro retornou à terra natal e recordou como nasceu a imagem que se encontra um pouco apagada com o tempo e cada vez mais viva na visão do artista plástico. “Naquela época, estava feia e cheia de lodo. Eu propus para os empresários de turismo fazer a ponte sumir e valorizar o por do sol. Muitos dizem: eu não via a obra. O conceito era esse: passar despercebido e valorizar o por do sol. Agora o cachara faz parte do cenário de Corumbá e precisa ser restaurado para preservação do patrimônio cultural de Corumbá”, explicou Edson Castro.
Recentemente, o artista encaminhou o Projeto ‘Artes Cacharas’ ao conhecimento de autoridades de Mato Grosso do Sul para a restauração da pintura na ponte de captação da Sanesul. Segundo Edson Castro, essa obra foi registrada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura, como arte pública do Brasil em 2002. “A obra vale uma pequena fortuna cultural, quando eu a fiz, eu tinha 23 anos, jovem, subi e desci várias vezes de lá, foi rápido, hoje eu precisaria de apoio e demoraríamos uns 40 dias para fazer a restauração completa”, disse.
Para o gerente regional da Sanesul, em Corumbá, Eduardo Duque, essa localidade atrai muitos visitantes. “Nossa captação é o principal cartão postal da cidade, mais até do que o Cristo Redentor” afirmou.