Embora seja o candidato melhor posicionado nas pesquisas para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, o pedetista Ciro Gomes não conseguiu deslanchar em Mato Grosso do Sul. Sua campanha é das mais mornas e não empolga o eleitorado, apesar de o partido contar com o candidato a governador (Odilon de Oliveira), que é o segundo nas intenções de voto conforme as recentes pesquisas divulgadas por dois institutos, Ipems e Ranking.
No início desta campanha de Odilon de Oliveira, o PDT tinha como principal aliado o Podemos, partido que indicou o ex-presidente da Associação dos Criadores (Acrissul), Francisco Maia, para disputar o Senado. Criou-se uma situação inusitada: Odilon carregou consigo discursos para dois presidenciáveis: o senador Álvaro Dias, do Podemos, e o ex-deputado Ciro Gomes.
No entanto, com o passar dos dias e a desistência de Maia – que saiu da disputa -, os pedetistas concentraram seus esforços e mobilizações na candidatura de Odilon ao governo estadual, enquanto Ciro ficou quase como figura protocolar de referência, porém sem o apelo compatível com a envergadura de um candidato ao cargo máximo da República.
DIANTEIRA
O PT, sem Lula, perdeu a força na corrida presidencial entre os eleitores de Mato Grosso do Sul. Seu substituto, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito paulistano, Fernando Haddad, não repete aqui o desempenho alcançado em outros estados. Está em segundo lugar, entretanto bem distante do líder das intenções de voto dos sul-mato-grossenses, Jair Bolsonaro (PSL).
Enquanto Marina Silva (Rede Sustentabilidade) se desidrata nas pesquisas, o tucano Geraldo Alckmin ganha um pouco de gás e faz o sprint derradeiro na tentativa de derrubar Ciro e Haddad. As chances, no entanto, são bastante remotas, avaliação que serve também para os outros concorrentes, como Álvaro Dias, João Amoedo (Novo) e Guilherme Boulos (Psol).