A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) possui muitos projetos de melhorias em redes de distribuição e abastecimento de água, expansão da coleta e estações de tratamento de água e de esgoto nos municípios onde opera. Mas, para que esses projetos sejam executados, são necessários recursos que viabilizem as obras.
Parte desses recursos é proveniente do Governo Federal, por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que na atual gestão estadual viabilizou cerca de R$ 116 milhões para obras de saneamento executadas pela Sanesul.
A Funasa, órgão executivo do Ministério da Saúde que atua em municípios de até 50 mil habitantes, desenvolve um papel importante em melhorias no saneamento básico das comunidades menores e também é responsável em garantir recursos que estão ajudando a transformar os números do saneamento no nosso Estado. Sobre esse aspecto, o superintendente estadual da Funasa em Mato Grosso do Sul, Marco Aurélio Santullo, falou da relevância em unir forças para conseguir promover o saneamento básico no Estado.
“É importante ressaltar que é um trabalho em conjunto entre Governo Federal, Governo Estadual e a executora Sanesul, e que só é possível porque está acima de qualquer questão política. Para nós, o importante é ter obra de saneamento nos municípios de MS. Por lei, nós podemos atender os municípios de até 50 mil habitantes, ou seja, são localidades menores que nem sempre têm condições financeiras para investir em saneamento, e que possuem suas comunidades em situação abaixo da ideal. Na atual gestão, a Funasa já conseguiu liberar cerca de R$ 116 milhões em recursos oriundos do Governo Federal para obras do Sistema de Abastecimento de Água e do Sistema de Esgotamento Sanitário em MS. Grande parte disponível via Programa de Aceleração do Crescimento 2”, comentou Santullo.
Somando os recursos do convênio Governo Federal/Funasa, a contrapartida do Governo Estadual e a contrapartida da Sanesul, são obras em 42 municípios com cerca de R$ 141 milhões, desta parceria. Muitas obras estão concluídas.
OBRAS
Entre as obras de maior porte, em termos de projetos e execução, destacam-se as ampliações e construções das Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs nos municípios de: Amambai, Anastácio, Angélica, Aral Moreira, Bataguassu, Coronel Sapucaia, Douradina, Figueirão, Itaporã, Jatei, Juti, Maracaju, Mundo Novo, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho, Rio Brilhante e Tacuru.
Já na área de Sistema de Abastecimento de Água, sobressaem-se os municípios de: Camapuã, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Iguatemi, Itaquirai, Ivinhema, Ladário, Porto Murtinho e Sidrolândia, que elevaram o nível de qualidade de vida dos seus habitantes com água de boa procedência. Em Coronel Sapucaia, por exemplo, foram destinados R$ 1.6 milhões para a construção de uma ETA – Estação de Tratamento de Água, entre outras obras.
QUALIDADE DE VIDA
De acordo com Santullo, a resposta da comunidade após a finalização das obras é sempre positiva, principalmente dos gestores dos municípios. “Toda obra de saneamento é de longo prazo e interfere na rotina da população. Mas é uma questão de tempo para acostumar com a nova e boa realidade. Hoje eu converso com prefeitos e vereadores que mostram resultados positivos refletidos diretamente nos números do município. Com a implantação de sistemas de abastecimento de água tratada, por exemplo, há maior controle de doenças, o que representa economia no serviço público de saúde. Também acabam os problemas de desabastecimento. Em relação ao esgotamento sanitário, a qualidade de vida das famílias dá um salto, principalmente a das crianças que são as mais atingidas quando não há saneamento. No setor econômico há uma valorização das cidades limpas que atraem novos investimentos e moradores. E assim, as pessoas passam a entender que saneamento não é gasto, é um investimento”, ressaltou.
Sobre os números do saneamento em Mato Grosso do Sul, o superintendente Marco Aurélio afirmou: “não tenho dúvidas de que melhoraram muito. Até pouco tempo atrás, se pegássemos o histórico dos nossos municípios, acharíamos locais sem nem 1 metro de rede de esgoto. Hoje, com o empenho dos Governos, Funasa e Sanesul, a realidade é outra. Há cidades que saíram do zero para 50% de coleta e tratamento de esgoto. Isso é mais do que positivo, é um salto para um futuro melhor. Há um apelo mundial para que os governos invistam em saneamento básico, um desafio quase impossível para vários países. Mas, aqui em MS, estamos conseguindo isso”.
INVESTIMENTOS FUTUROS
Quanto às perspectivas para o setor de saneamento de MS nos próximos anos, ele afirma que a meta é avançar com novos projetos.
“A Funasa também atua diretamente com os municípios, viabilizando recursos para que os gestores façam suas obras locais. A superintendência de MS é hoje uma das mais atuantes e se desenvolveu consideravelmente nos últimos três anos, aumentando gradativamente o seu orçamento para atender todos os municípios de até 50 mil habitantes. Nossa vontade é poder chegar às cidades acima dos 50 mil. A construção da ETE em Maracaju, por exemplo, é a maior obra com participação da Funasa no Brasil de proporção a um município, uma referência”, afirmou.
O município de Maracaju recebeu obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, entre elas uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com capacidade de tratar 50 litros por segundo.
Os números mostram que as obras de saneamento em MS são realidade. A Sanesul continua ampliando o acesso ao esgotamento sanitário em 33 municípios do Estado, e projeta ainda mais para os próximos anos buscando atingir a universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto nas localidades operadas pela estatal. Atualmente a empresa já conseguiu universalizar o fornecimento de água tratada nas localidades onde atua. A superintendência da Funasa em MS compartilha do mesmo objetivo.
“O saneamento básico tem uma atenção especial dos governos Federal e Estadual. E, se existe um plano de metas é porque há um planejamento para novos projetos, e a Funasa vai estar junto buscando os recursos necessários para o setor”, finalizou Marco Aurélio Santullo.