Cerca de cinco mil pacientes são encaminhados por mês pela Central de Regulação para os hospitais conveniados com a rede pública de saúde de Campo Grande. Estratégias como a implantação das unidades de acolhimento e a parceria com as instituições têm auxiliado para que, mesmo diante de uma demanda cada vez mais crescente, o fluxo de atendimento diante de uma necessidade mais específica não seja comprometido.
O número de encaminhamentos é pequeno, mas significativo – representa apenas 5% do volume total de atendimentos nas 10 unidades de urgência e emergência. Mais de 100 mil pessoas são atendidas por mês nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRSs).
O alto índice de resolutividade de mais de 95% é comemorado pelo coordenador de Urgência da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Yama Higa. “Costumamos dizer que é atender o paciente certo no lugar certo. Resolvendo o problema nas novas unidades a gente evita que os pacientes necessitem de um encaminhamento para um hospital que, consequentemente, ficaria sobrecarregando”, analisa.
A Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, é responsável por absorver 57% da demanda, enquanto o Hospital Regional Rosa Pedrossian recebe 20% e o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP) os 23% restantes. O secretário de Saúde, Marcelo Vilela, reforça a importância da parceria com as instituições que, mesmo diante das dificuldades, têm contribuído na garantia do atendimento à população.
“O atendimento terciário, a média e a alta complexidade, que estão nas mãos dos hospitais, é extremamente importante. A situação preocupa e ao mesmo tempo nos mostra o tamanho da nossa responsabilidade”, diz Vilela. “A demanda tem crescido muito e isso se reflete nas enfermarias. Felizmente podemos contar com a parceria dos hospitais que, mesmo com todas as dificuldades, têm absorvido parte desta demanda”.