As pontes de concreto, substituindo as de madeira, trazem uma contribuição de histórico significado para fortalecer um processo de desenvolvimento combinado entre evolução econômica e evolução social. No entanto, outras foram construídas porque as edificadas em administrações anteriores desabaram. É o caso da que foi feita sobre o Rio Santo Antônio, em Guia Lopes da Laguna. A ponte anterior, inaugurada em abril de 2012, não suportou as chuvas de verão de janeiro de 2016.
O Brasil inteiro acompanhou pela tevê, perplexo, as cenas da estrutura ruindo em efeito dominó. Era mais um dos motivos de vergonha revelados no “pacote” da herança administrativa transferida pelo governo de André Puccinelli (MDB) para seu sucessor. A edificação não tinha quatro anos. Ninguém se feriu, mas o desabamento isolou regiões de produção agropecuária, incluindo os assentamentos Rio Feio e Retirada da Laguna.
Foi preciso construir uma estrutura para substituir a que caiu. Em julho deste ano, a nova ponte foi entregue pelo governador Reinaldo Azambuja. Com 80 metros de comprimento, ela custou R$ 4,2 milhões e restabeleceu o acesso. A nova travessia é um exemplo da moderna concepção de engenharia, que se impõe pela qualidade técnica. Há outras pontes construídas pela gestão passada que também desabaram. Uma, sobre o Rio dos Velhos, em Jardim, inaugurada em 2014, foi submetida à investigação da Justiça. A perícia vai identificar se houve erro no projeto ou na execução e, se for o caso, o Governo vai intimar os responsáveis a ressarcir os cofres públicos.
Sem o auxílio do Governo do Estado, os municípios não conseguiriam entregar as novas pontes. Esse é o caso de Sete Quedas, que recebeu duas passagens de concreto em substituição às antigas, de madeira. “Quando você ganha uma ponte de concreto é como se curar de uma ferida. Ponte de madeira, a cada cinco anos precisa ser refeita. Já a ponte de concreto permanece”, disse o prefeito Francisco Piroli. Pelas estruturas entregues em Sete Quedas passam grande parte da produção das lavouras. Elas também são passagens para alunos da zona rural.