Com currículo qualificado, antropóloga Viviane Luzia assume a recém-criada Pasta da Cidadania
Antropóloga, mestre em Desenvolvimento Local pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Ph.D. em Antropologia pela University of Manitoba, do Canadá, e pesquisadora do Museu de Etnografia de Viena, Viviane Luiza da Silva é desde ontem (quarta-feira, 03) a secretária estadual de Cidadania. Foi o governador em exercício José Carlos Barbosinha (PP) quem deu posse à primeira titular da Pasta recém-criada, com o desmembramento da Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania.
Já incluída na grade orçamentária quadrienal, a secretaria começa com um orçamento de R$ 11 milhões, que contempla, entre outros, os programas “Cidadania em Rede” e “Cidadania Viva”. Este foi instituído para incentivar o diálogo, o uso da educomunicação, a formação de monitores sociais, rodas de conversas e expressões comunicativas por meio da arte, cultura e cidadania.
Segundo Viviane Silva, o “Cidadania Viva” está sintonizado com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e busca os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com suas 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos. “A cidadania gera emancipação e pertencimento”, sentenciou Barbosinha, ao dar posse à secretária.
PIONEIRISMO
Mato Grosso do Sul é o primeiro estado brasileiro a dispor de uma secretaria governamental específica para executar políticas publicas para a promoção humana e a cidadania. Viviane disse que a nova pasta reflete o compromisso do governo em construir condições de uma vida melhor para todos. “Temos políticas públicas para pessoas com deficiências, povos originários, mulheres, população LGBTQIA+, pessoas idosas, para a promoção da igualdade racial, juventude e assuntos comunitários”, enfatizou.
Como pesquisadora do Museu de Etnografia de Viena, Viviane contribuiu com três projetos relevantes na etnografia do Brasil: Natterer, Patrimônio Bororo e Mario Baldi. Ela destacou-se como co-autora do livro “Mario Baldi – Fotógrafo austríaco entre Índios Brasileiros”. Como idealizadora de centros culturais em comunidades indígenas, atua com foco na promoção e no fortalecimento da cultura material e imaterial por meio de objetos indígenas, além de desempenhar papel importante no assessoramento para a criação de associações das mulheres artistas indígenas nas comunidades Kadiwéu e Terena, impulsionando a economia sustentável.