Em duro editorial publicado na última sexta (18), o jornal americano “The New York Times” afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) “luta por sobrevivência política”, mas que, “surpreendentemente, parece ter achado que tinha capital político de sobra” quando indicou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil.
Sua explicação para a indicação, de que Lula é um negociador de talento e, assim, ajudaria o Brasil a conter suas diversas crises, foi “ridícula”, segundo o jornal.
Para o “New York Times”, Dilma criou outra crise, “de confiança em seu próprio julgamento”.
O texto diz que Lula e Dilma querem retardar o máximo possível o dia de julgamento de Lula “dando a ele as proteções da Justiça a que membros do governo têm direito”.
“Cerca de 50 autoridades – incluindo políticos de outros partidos- foram envolvidos no escândalo da Petrobras, e os brasileiros estão enojados com seus líderes, com razão. O último artifício do governo petista fez manifestantes irem às ruas pedir a renúncia de Dilma”, diz o editorial. “Se suas últimas manobras impelirem o impeachment para a linha de chegada, Dilma só poderá culpar a si mesma.”