Na história de Campo Grande, não é tão forte e proporcional ao número de eleitores o desempenho das mulheres nas disputas pela prefeitura. A cidade só teve uma prefeita, Nelly Bacha, que presidia a Câmara de Vereadores e assumiu em caráter temporário, por força de vacância do cargo. Em duas eleições as candidatas femininas chegaram ao segundo turno, com Marilu Guimarães, em 1992, e Rose Modesto, em 2016.
Agora, são duas as mulheres que querem quebrar a tradição e derrubar a hegemonia masculina: a psicóloga e especialista em saúde pública Cris Duarte, do Psol, e a ruralista Terezinha Cândido da Silva, da Democracia Cristã, ex-presidente do Sindicato Rural de Coxim. Elas se apegam a motivações consistentes, como a maioria (52%) feminina do eleitorado local e os sucessivos desgastes dos homens na trajetória de mandatos políticos.
O sucesso de Rose Modesto, que mesmo sem vencer o pleito levou a decisão ao segundo turno, também é um fator de encorajamento. Rose só não está entre as pré-candidatas porque respeita a tendência do PSDB de apoiar a vontade do governador Reinaldo Azambuja, de retribuir o apoio que recebeu de Marquinhos na sua reeleição em 2018.