Cerca de R$ 100 milhões já estão reservados pelo governo de Mato Grosso do Sul para adquirir as vacinas contra a Covid-19. Inicialmente, na primeira fila da imunização estão os 780 mil sul-mato-grossenses dos chamados grupos prioritários (os idosos acima de 70 anos, diabéticos, hipertensos, indígenas, profissionais da saúde e da educação). O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que diante do recrudescimento dos contágios não vai permitir que eventuais disputas políticas ou entraves burocráticos atrasem o início da vacinação.
Nesta quinta-feira (10) Azambuja participou de reunião virtual com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a quem comunicou que o Estado já dispõe dos recursos para dar início às imunizações logo que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar a segurança e a eficácia do produto. Ele propõe que a vacinação seja feita pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações. Mas ressalvou que está preparado para adquirir as doses, se for necessário.
Para os grupos prioritários, calcula-se que serão necessárias cerca de 700 mil doses. “Se o Ministério não fizer a coordenação ou não aceitar a paternidade de alguma vacina que possa ser aprovada, nós vamos adquirir para Mato Grosso do Sul e disponibilizar para o Plano de Vacinação, que deveria ser organizado pelo Ministro da Saúde”, reiterou o governador, para quem não importa a paternidade da vacina.
“Vamos fazer todo o esforço para trazer a vacina, não importa de onde venha. Se vem da China, da Inglaterra, é bem-vinda. Falei com o governador João Dória [de São Paulo] e a equipe do Butantan sobre a possibilidade. Mas o Plano Nacional de Imunização é o Ministério da Saúde que coordena”, disse.