Não poderia ser mais proveitosa a recente incursão do prefeito Marquinhos Trad (PSD) em Brasília. Os 11 congressistas sul-mato-grossenses – oito deputados federais e três senadores – deram retorno empolgado e confiante ao apelo para levar adiante um dos principais pontos do programa de governo de Marquinhos, que é realizar na Capital do Estado sua mais completa cirurgia urbana.
Para executar todo o projeto, incluídas a restauração total da malha viária e as adequações urbanas de mobilidade, acessibilidade e modernização estética, calcula-se que serão necessários R$ 600 milhões. Inicialmente, no entanto, o prefeito projeta um investimento de R$ 200 milhões, conforme explicou aos parlamentares na movimentada agenda no Distrito Federal.
O anfitrião de Marquinhos foi o senador Waldemir Moka, que em seu gabinete recebeu o prefeito e vários assessores e aliados, entre eles o vereador João César Mattogrosso e os diretores da Fundação Municipal de Esporte, Rodrigo Terra; da Agência Municipal de Habitação (Emha), Enéas Carvalho; e da executiva da Secretaria Municipal de Governo (Segov), Catiana Sabadin.
Além de Waldemir Moka, participaram da reunião os senadores Pedro Chaves (PSC) e Simone Tebet (MDB) e os deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT), José Orcírio e Vander Loubet (PT), Fábio Trad (PSD), Geraldo Rezende (PSDB), Elizeu Dionísio (SDD) e Luiz Henrique Mandetta (DEM). Só não estava presente a deputada Tereza Cristina (DEM).
O prefeito explicou que para materializar seu objetivo será imprescindível uma operação de empréstimo. Afirmou que não pretende passar todo seu mandato fazendo remendos na cidade, processo que se torna dispendioso e não dá soluções definitivas. Os congressistas demonstraram sensibilidade, expressaram total apoio e disseram que vão agir em bloco.
Uma das primeiras iniciativas será agendar uma reunião com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para solicitar um financiamento de R$ 200 milhões. A quantia é suficiente para resolver os problemas mais urgentes da Capital.
Marquinhos lembrou que em 2017, seu primeiro ano de mandato, a Prefeitura desembolsou R$ 40 milhões com tapa-buracos e neste exercício os gastos devem ser de, no mínimo, R$ 70 milhões. “É um investimento que não resolve o problema. Com o financiamento, será possível resolver uma parcela bem expressiva da demanda de nossa malha viária”, destacou.
AGENDA
Coordenador da bancada federal, Moka ficou responsável pelo agendamento da audiência no BNDES e em princípio a expectativa é garantir um empréstimo que possa garantir o recapeamento de ao menos um terço das vias asfaltadas. “O dinheiro do tapa-buraco serve apenas para isso. Mas se conseguirmos fazer o recapeamento vamos economizar o que gastamos com tapa-buraco, trocaremos o paliativo por um serviço melhor e mais duradouro”, argumentou o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fioresi.
A malha viária pavimentada de Campo Grande tem 2.800 km. Conforme os cálculos da Secretaria de Infraestrutura, cerca de 1.500 km são os mais precários e precisam ser recapeados logo, porque têm 30 anos de uso. O tempo médio de vida útil do pavimento varia de 10 a 15 anos. “Desde o ano passado a Prefeitura vem tocando algumas frentes de serviço utilizando verbas do PAC Pavimentação/Mobilidade Urbana e em parceria com a Águas Guariroba.
Outra importante frente de serviços da Prefeitura é a contenção de enchentes. Este ano foi iniciada a construção de dois piscinões, além das obras de controle no Rio Anhanduí, em fase de homologação da licitação, com investimento de quase R$ 50 milhões. Também está no planejamento a construção de mais dois piscinões e quatro barragens, com capacidade para reter 154 mil metros cúbicos de água. Para esta obra o custo estimado é de R$ 43 milhões. O Município só aguarda a liberação de verbas que já foram solicitadas.