Esculturas de ipês brancos assinadas pelo artista plástico Isaac de Oliveira foram sinônimo de conquista para jornalistas de diversos veículos de comunicação de Campo Grande na cerimônia de entrega do 8º Prêmio Águas Guariroba de Jornalismo Ambiental. O troféu foi entregue para 15 profissionais vencedores em cada uma das cinco categorias: radiojornalismo, webjornalismo, telejornalismo, fotojornalismo e jornal impresso. Pela primeira vez o evento premiou os três primeiros colocados. A premiação aconteceu nesta quinta-feira (7), no Yotedy Buffet.
Guillermo Deluca, presidente da Águas Guariroba, abriu a cerimônia destacando o importante papel do profissional do jornalismo na difusão de informações sobre a relação entre saneamento básico e preservação do meio ambiente. “O objetivo do Prêmio de Jornalismo Ambiental é usar essa grande força que tem o jornalismo para divulgar a necessidade permanente e cada vez maior de cuidar do nosso meio ambiente. Os trabalhos têm sido muito bons. Cada vez mais a imprensa investiga sobre essa questão e mais informações são levadas para a população”, afirmou.
Na categoria jornal impresso o primeiro lugar ficou com o jornalista Bruno Arce, do Jornal O Estado de MS com a reportagem “Reutilizar água é a palavra de ordem”. Para ele, estar entre os três finalistas já era uma vitória. “Ficar com o primeiro lugar foi uma grata surpresa. Este tipo de prêmio só faz o jornalista querer fazer o melhor de si. E quem ganha não é apenas o profissional, quem ganha é a população de modo geral que vai ter um material mais detalhado e apurado”, comenta. O segundo e o terceiro lugar ficaram com reportagens do jornal Correio do Estado, respectivamente Lúcia Morel, autora da matéria “Córregos monitorados” e Tainá Jara, com “Lixões nos córregos”.
A realidade da comunidade indígena Água Bonita foi cenário para a reportagem campeã na categoria radiojornalismo. Diego Silva e Elci Holsback veicularam a matéria “Água Boa: do poço ao saneamento” na Rádio Blink 102. “A questão da Comunidade Indígena Água Bonita mostra como o acesso ao saneamento muda a vida das pessoas. Para eles, saneamento significa muito mais até do que a comodidade de abrir a torneira e sair uma água potável, mas a questão da qualidade de vida, o registro das casas, escola que pode chegar lá, então tudo depende do saneamento, que para eles é essencial”, observa Elci Holsback.
Helton Davis, da FM Educativa ficou em segundo lugar em radiojornalismo com a reportagem “Esgoto não é lixeira!” e Thalita Vieira, da Atalaia FM, conquistou a terceira colocação com a matéria “Na contramão da escassez de água, construção civil sustentável inova com projetos ecologicamente corretos”.
De acordo com Anderson Viegas, jornalista do G1 MS, vencedor na categoria webjornalismo, saneamento básico é uma fonte de inspirações para reportagens especiais. “Cada ano é um novo desafio, mas o tema nos traz assuntos diversos. Em um ano falei sobre disponibilidade hídrica, no outro ano falei sobre medidas para usar mais racionalmente, depois sobre esgoto. Neste ano eu quis mostrar que a gente tem disponibilidade, mas que é preciso preservar nossos mananciais e fontes subterrâneas”, resume. Anderson venceu com a reportagem “Apesar da abundância, cresce preocupação com preservação de fontes e uso racional da água em Campo Grande”.
“Pelas mãos dos homens, jovem é morta e idosa vive com deficiência após agressões”, foi a matéria que ficou em segundo lugar na categoria webjornalismo. O autor é o jornalista Cleber Gelio, do Midiamax. Aliny Mary, também do Midiamax, ficou em terceiro lugar com a reportagem “A água que você consome”.
A cena de uma família com acesso a água potável em uma comunidade da Capital, clicada pelo fotógrafo Luciano Muta, foi a primeira colocada na categoria fotojornalismo. A imagem ilustrou a matéria “Dentro de casa, sistema capta 7,5 mil litros de água da chuva” do site Diário Digital. “Estou super feliz, porque tenho o maior respeito pela instituição Águas Guariroba e o sonho de todo fotógrafo é o reconhecimento, por isso estou muito feliz e satisfeito. Isso só incentiva a melhorarmos a cada ano”, pontuou Muta. Marcelo Victor Barbosa, do Jornal O Estado de MS, ficou em segundo lugar com a foto “Estar no topo do ranking”. André Bittar, do Campo Grande News, levou o terceiro lugar com a foto da matéria “Lixão na rede de esgoto, uma pedra no caminho do saneamento da Capital”.
Em telejornalismo, Maureen Mattiello, da TV Morena, conquistou a primeira colocação com a reportagem “Perdas de água”. “É um reconhecimento bacana e muito diferente porque o mais importante é o reconhecimento que a gente tem todos os dias de ver que o nosso trabalho promove alguma coisa importante para a sociedade e isso no dia a dia é o principal. Receber um prêmio é diferente porque vem de pessoas da área de comunicação que te colocam um selo de qualidade. É como o resultado de um trabalho de qualidade”, avalia a jornalista.
A segunda posição ficou com a reportagem “MS 40 anos: Desenvolvimento e preservação do Aquífero Guarani”, da jornalista Ellen Genaro, da TV MS Record. Já o terceiro lugar foi conquistado pela matéria “Esgoto é saúde”, de Lú Bigattão da TV Educativa.
“Saneamento está na casa de todo mundo, mas o debate ainda está muito aquém do que nós precisamos no país. O jornalista tem um papel muito importante na disseminação das informações de como o saneamento traz muitos benefícios para a sociedade, para a saúde e para o meio ambiente. É muito gratificante chegar a oitava edição deste prêmio e ver como ele está consolidado. É muito bom ver que os jornalistas estão se apoderando das informações para falar sobre este assunto”, afirma Maristela Yule, gerente de comunicação da Águas Guariroba.
Todos os finalistas receberam certificado e o troféu. Os primeiros três colocados receberam prêmios de R$ 7 mil (1º lugar), R$ 3 mil (2º lugar) e R$ 2 mil (3º lugar). Ao todo, foram R$ 60 mil em prêmios para os profissionais.