O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus mudou a realidade de muitas pessoas, fazendo com que passem mais tempo dentro de casa. Além disso, muitos indivíduos abandonaram as suas rotinas de atividades físicas e movimentação diária. Com o passar dos meses, essas práticas acarretaram algumas consequências físicas e mentais, como as dores nas costas. O coordenador de Fisioterapia da Cassems, José Roberto Faker, aborda esse assunto.
José Roberto salienta que, após a pandemia, tem recebido alguns pacientes com queixas de dores na região da coluna e lombar. “Isso tem ocorrido, principalmente, em decorrência do sedentarismo. O incômodo pode surgir da falta de atividade física e exercícios para promover a flexibilidade, alongamento e fortalecimento muscular”.
De acordo com o fisioterapeuta, a tendência de pessoas que trabalham, estudam e desenvolvem as suas demais atividades em casa, durante esse período, é permanecer algumas horas diárias sentadas em frente ao computador, às vezes em espaços não apropriados para que o corpo fique devidamente alinhado. “Passar muito tempo na mesma posição, aliado à ausência de exercícios físicos devido ao isolamento social, pode acarretar em encurtamento muscular, o que traz as dores”.
José Roberto explica que existem maneiras preventivas para evitar dores lombares em casa. “A melhor forma de prevenir os incômodos é todo dia, ao acordar, fazer alongamentos das pernas e dos braços, se espreguiçar bastante, com o objetivo de preparar a musculatura para que, durante a rotina, seja possível fazer as atividades laborais sem muito desgaste”.
José Roberto conta também que caso a dor já esteja instalada, é possível amenizar com algumas técnicas. “Se a pessoa já estiver com dor, ela pode fazer compressas de água morna, pois a água quente faz uma vasodilatação na musculatura e promove o relaxamento muscular. Então, isso alivia bastante a tensão na região acometida”.
No entanto, caso a dor permaneça, é necessário buscar auxílio médico. Conforme explica o fisioterapeuta, a partir do momento em que o incômodo torna-se recorrente, pode significar que há complicações. “Caso os espasmos durem vários dias, causem perda de produtividade e limitações físicas, é preciso buscar assistência médica para realizar o diagnóstico correto e, posteriormente, tratamento clínico e fisioterapia”.