Com o segundo pior índice nacional de isolamento social amplo e dois óbitos confirmados, Mato Grosso do Sul apresenta uma realidade que reforça a preocupação das autoridades envolvidas no combate ao Covid-19. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) insiste que a população agora tem uma dose extra de responsabilidade, já que o poder público implementou mais de 60 medidas de prevenção e de proteção, que podem ser inócuas se a sociedade não fizer a sua parte.
O afrouxamento do isolamento social de domingo para cá foi intenso em vários municípios, incluída a capital. No final da semana passada e início da semana seguinte era possível constatar a circulação de pessoas e até aglomerações em hipermercados, nas lojas e ruas. Muita gente saiu, aproximou-se de outras pessoas e teve contato com as variadas superfícies – desde cadeiras e maçanetas até pontos de ônibus e carrinhos de compras – sem usar peças preventivas como máscaras e luvas.
Não por acaso a taxa de isolamento social do Estado é de 48,20%, maior apenas que Tocantins (46,70%). Nesse monitoramento, feito por geolocalização, o ranking do Estado mostra Campo Grande no 36° lugar entre os 79 municípios, com 47,90% da taxa de isolamento aferido na segunda-feira (6). Os piores municípios do ranking são Santa Rita do Pardo, com 36,50%; e Jardim, com 39,70%. A melhor taxa se mantem com Bela Vista, com 73,10%; seguido de Coronel Sapucaia, com 67,40%.
Mesmo elogiado pelo Ministério da Saúde pelas iniciativas que vem adotando, Reinaldo Azambuja insiste em advertir e apelar ao bom-senso da população: “O pico da infestação no Brasil está previsto para abril e maio. Quanto mais ficarmos restritos ao ambiente familiar, quanto mais tivermos as precauções, menos pessoas contaminadas”.
A preocupação aumenta diante dos registros de controle da Secretaria Estadual de Saúde: até o meio-dia de terça-feira (7), estavam confirmados 80 casos de infecção, 26 sob suspeita e dois óbitos, ambos com moradoras de Batayporã e idades acima dos 64 anos, portadores de doenças pré-existentes, como a diabetes e a hipertensão.