São muitas as celebridades que confessam ter sofrido com o racismo antes ou depois da fama. Com a cantora Gaby Amarantos, por exemplo, aconteceu quando ela tinha menos de cinco anos de idade. Foi barrada em uma tradicional escola de balé por ser negra.
Também já passaram por perrengues racistas a funkeira Ludmilla, a jornalista e âncora do telejornalismo global Maria Júlia Coutinho, os cantores Negra Li, Nego do Borel e Preta Gil. No caso desta última, até o presidente entrou em cena. Em 2011, Preta Gil abriu um processo contra Jair Bolsonaro.
Durante participação da cantora e do, então, deputado federal no programa ‘CQC’, o político foi questionado por ela sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra e respondeu que não discutiria sobre promiscuidade. O inquérito acabou sendo arquivado sob a alegação do até então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que a emissora não havia disponibilizado na íntegra a gravação da entrevista, mas somente sua versão editada.
Nos gramados e outros ambientes esportivos o preconceito é até mais agressivo, como aconteceu com o goleiro Aranha, hostilizado em Porto Alegre num jogo contra o Grêmio, e o ala direita Daniel Alves, quando defendia o Barcelona. A torcida adversária atirou nele uma banana e o atleta, imperturbável, descascou e comeu a fruta.