O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Inmetro-MS) constatou, na quarta-feira passada (29), irregularidade em um medidor de energia recolhido em Nova Alvorada do Sul.
O laudo aponta aumento de 30% no consumo de um consumidor que procurou o Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) e a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa.
O equipamento foi retirado da casa do consumidor após diversas reclamações feitas à Energisa, além do pedido de aferição do equipamento. O cliente assinou documento em que se responsabilizava arcar com os custos, caso o medidor não apresentasse problema.
No laudo, consta que o percentual aceitável de erro seria de +/- 1,3%. Com os testes realizados no Inmetro, contudo, ficou constatado o valor de + 30,15%. O documento ainda registra que, “medidor recebido em invólucro com pinos de selagem parcialmente abertos”. Ambos os diagnósticos foram “reprovados” pelo Instituto.
Além disso, os documentos garantem que o relógio foi retirado pela concessionária Energisa e, no lugar, colocado outro equipamento, provisoriamente. Nos autos, há registros de horários, datas, assinaturas dos envolvidos, como consumidor e técnicos.
Relator da CPI, o deputado estadual Capitão Contar (PSL) afirma que as investigações do colegiado estão no caminho certo, de buscar explicações sobre possíveis irregularidades nos medidores de energia.
“As denúncias e relatos dos consumidores nos levaram a crer que os medidores poderiam estar marcando errado (a mais). Relógios são instrumentos que podem errar, ou serem programados para errar. Por isso queremos submetê-los a testes em laboratório diferente dos usualmente feitos pela Energisa. Para termos uma segunda prova imparcial”, argumenta Contar.