Uma equipe do Campus Campo Grande do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), com o apoio de uma médica anestesiologista, desenvolveu um videolaringoscópio de baixo custo. O equipamento tem a função de facilitar o trabalho dos médicos no procedimento de intubação dos pacientes, o que tem sido realizado com frequência desde o início da pandemia.
“O diferencial do equipamento produzido pelo IFMS é que as lâminas que compõe a estrutura do laringoscópio são confeccionadas em impressoras 3D. Com a câmera acoplada ao celular, têm-se um videolaringoscópio similar aos produzidos pela indústria”, explica a professora Cláudia Fernandes.
O custo do equipamento produzido no IFMS pode ser até 160 vezes menor do que o dos disponíveis no mercado.
“Um videolaringoscópio pode custar até R$ 16 mil e o nosso não sai nem por R$ 100”, ressalta o professor Matheus Neivock, também na equipe do projeto.
A médica anestesiologista Camila Fernandes, que ajudou na identificação do problema, bem como na busca por soluções, destaca a eficiência e o baixo custo do equipamento.
“São tão eficientes quanto os do mercado e com um custo incrivelmente mais baixo. Os que temos atualmente disponíveis são importados, chegando ao consumidor final com preços elevadíssimos, e ainda com dificuldades de comprar peças de reposição e acesso à assistência técnica”, afirma.
Os kits já foram entregues ao Hospital Universitário de Campo Grande e a hospitais de São Gabriel D’Oeste, Nova Alvorada do Sul e Bodoquena, e também à Secretaria Estadual de Saúde (SES). Também estão previstas entregas à Santa Casa, ao Hospital Regional de Campo Grande e ao Corpo de Bombeiros da Capital.