A música que é a nossa cara celebra os 39 anos de Mato Grosso do Sul. O som mais que tradicional do Grupo Acaba e o Tributo a Geraldo Roca, espetáculo que reúne grandes artistas do nosso Estado, fazem no palco da Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, uma grande homenagem à nossa cultura. As apresentações acontecem na terça-feira (11), a partir das 18 horas e a entrada é franca. A promoção é do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
A importância fundamental de um grande artista da música do Mato Grosso do Sul motivou o Show Uma Para Estrada – Tributo a Geraldo Roca. Co-autor da legendária Trem do Pantanal, hino extraoficial do Estado, o grande compositor deixou ainda as inesquecíveis ‘Polca outra vez’, ‘Mochileira’, ‘Rio Paraguai’, ‘Japonês tem três filhas’ e ‘Uma pra estrada’, que serão lembradas em emocionantes versões de antigos parceiros e companheiros de arte.
Com curadoria e direção musical de Paulo Simões e Jerry Espíndola, a homenagem reunirá representantes das diversas gerações influenciadas pela obra de Geraldo Roca. O repertório contará com releituras de novos talentos, que aprenderam o caminho das belas canções ao som das melodias e versos incomparáveis do artista.
Os músicos que farão a homenagem são Celito Espíndola, Jerry Espíndola, Guga Borba, Jonavo, Ju Souc, Maria Alice, Marina Dalla, Miska, Paulo Simões, Rodrigo Sater e Rodrigo Teixeira. Já a banda que dará suporte aos músicos é formada pelos experientes Alex Cavalheri, Gabriel Basso, Leandro Perez e Sandro Moreno.
Durante a apresentação de cada um dos artistas serão projetadas imagens de Geraldo Roca em diversos momentos de sua vida. A cada troca de convidado serão exibidos depoimentos colhidos em emissoras locais e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul de personalidades que fizeram parte de sua carreira, como Renato Teixeira, parceiro e amigo íntimo e Humberto Espíndola, referência constante.
Todas as canções do espetáculo são de autoria de Geraldo Roca e foram gravadas por ele ou por seus parceiros. Porém, dentre todas, a única inédita é ‘Caia Fora’. E é ela que reúne no palco todos os músicos, encerrando a apresentação.
GRUPO ACABA
Nascido em 1966, mas batizado apenas em 1969 com o singelo acrônimo de Associação dos Compositores Amigos do Bairro Amambaí, o Acaba leva na bagagem cinquenta anos de música que transcendem a raiz sul-mato-grossense. Esse jeito de campo, de interior, de valorizar as coisas da terra – e não só a nossa terra – são as inspirações dos novos e antigos músicos.
Um DVD que celebra os cinquenta anos do grupo foi gravado no dia 25 de setembro no Palácio Popular da Cultura com um espetáculo marcante. E é justamente este repertório que estará à disposição do público que acompanhar o show de homenagem aos 29 anos de Mato Grosso do Sul.
Em suas letras e canções, as experiências são também traduzidas como proteção. Foram pioneiros nas denúncias sobre destruição do bioma que é razão de sua arte: o Pantanal. Mesmo sem buscar diretamente o título, tornaram-se guardiões e divulgadores dos ritmos pantaneiros e de Mato Grosso do Sul.
Dos festivais dos anos setenta para o palco do Parque das Nações Indígenas, os músicos trajados de branco revivem a essência de seu trabalho, que gerou a Antologia Musical Pantanal: Nascentes, Rios e Vertentes, um amplo projeto que engloba o DVD, livro e novos álbuns. São cinquenta músicas, cinquenta histórias que se confundem com a própria história de nosso Estado. E o show é uma parcela disto.
O Grupo Acaba é atualmente integrado por Adriano Praça de Almeida, na flauta, sax, voz e efeitos; Alaor Pereira de Oliveira, compositor, violão e voz; Antônio Luiz Porfírio, compositor, baixo acústico e voz; Eduardo Lincoln Gouveia, na bateria, voz e efeitos; Francisco Saturnino Lacerda Filho, compositor, percussão e voz; Jairo Henrique de Almeida Lara, compositor, violão e voz; José Charbel Filho, compositor, violão, viola e voz; Moacir Saturnino de Lacerda, compositor, percussão e voz e Vandir Nunes Barreto, compositor, violão, craviola e voz.