Embora não esteja entre os chamados estados de ponta no ranking esportivo do Brasil, Mato Grosso do Sul já atrai a atenção de dirigentes e personagens destacadas que atuam na área. Não é acaso, nem consideração protocolar. É resultado de um conjunto de intervenções que apontam para um pilar central: a política pública de fomento que vem sendo desenvolvida pela Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte).
Seu diretor-presidente, Marcelo Ferreira Miranda, vem gradativamente abrindo e ampliando os espaços regionais dentro do mapa de decisões tradicionalmente reservado aos grandes centros. Com isso, o reconhecimento se manifesta em diversas formas e oportunidades. Um exemplo foi dado no dia nove deste mês, durante o Fórum do Setor Produtivo do Esporte, em São Paulo.
No evento, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São Paulo (Seme) e Federação Paulista de Esportes e Fitness (FPEFI), Marcelo Miranda defendeu iniciativas e providências que ganharam a adesão de dirigentes de vários estados. O objetivo do Fórum foi reunir os principais gestores brasileiros em âmbitos federal, estadual e municipal para debater modelos de financiamento diferenciados para o esporte, além de metodologias de custeio e gestão.
ALTO NÍVEL
A política pública de esportes em Mato Grosso do Sul tem como direção fundamental a democratização do acesso às diversas práticas esportivas, por meio de dispositivos institucionais, ferramentas e ações de fomento e incentivo. E ainda contempla a busca de meios para garimpar e desenvolver atletas de alto nível, em parceria com a sociedade civil.
Uma das intervenções com esse apelo foi a inauguração da piscina olímpica no Centro de Desenvolvimento Social e Cultural (Cedesc), da Fundação Lowtons de Educação e Cultura (Funlec), em Campo Grande. O campo-grandense Leonardo Gomes de Deus, nadador com vários títulos internacionais, como o de tricampeão dos Jogos Pan-Americanos, foi o convidado especial.
A piscina olímpica da Funlec possui 25 metros de largura por 50 metros de extensão, tem 10 raias e abrange três milhões de litros de água. Uma piscina semiolímpica (ou piscina curta), por exemplo, tem oito raias, 25 metros de comprimento (metade da olímpica) e 20 de largura, dimensões estabelecidas pela Federação Internacional de Natação (Fina).
Segundo Marcelo Ferreira Miranda, a partir de agora os nadadores sul-mato-grossenses poderão se preparar melhor para competições nacionais e até internacionais. “A parceria entre Funlec e Fedams abre uma expectativa muito grande por melhores resultados. Nossa natação é uma referência nacional. Já temos um trabalho muito bom, mesmo com atletas treinando em piscinas não oficiais, sendo que todas as competições a nível nacional e internacional são com dimensões olímpicas. A adaptação para as provas será mais fácil”, comentou.