Toda vez que Geraldo Espíndola sobe ao palco ou empunha o violão são inevitáveis os pedidos para derramar a magia melódica dos seus versos e de sua voz em canções antológicas: ‘Quiquiho’, ‘Cunhatay-Porã’, ‘Vida Cigana’, ‘É Necessário’ e outras da lavra fértil deste grande embaixador da música produzida sob os céus sul-mato-grossenses.
Esta mesma lavra, para o bem de todos e felicidade geral das almas sensíveis, abriga uma infinidade de composições, muitas ainda desconhecidas ou pouco ouvidas pelo público. Esse tabu começa a ser quebrado agora, num momento emblemático de conflitos ideológicos agudos e os medos gerados pela pandemia. A Quiquiho Produções garimpou uma seleção de canções de Geraldo Espíndola, mesclando títulos conhecidos e composições menos executadas e até inéditas em suas apresentações.
A garimpagem resultou no Projeto ‘Não, Violência Não’, submetido à Lei Aldir Blanc (LAB), de financiamento cultural. O projeto foi aprovado e está chegando agora, com apoio do Fundo Municipal de Investimentos Culturais, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, Secretaria Especial de Cultura (Ministério do Turismo) e TV Educativa (MS). A apresentação será na próxima terça-feira, 1º de junho, a partir das 20h, com transmissão pelo canal www.youtube.com/RedeEducativaMS
DEDICATÓRIA
Segundo Geraldo Espíndola, o projeto é dedicado, em geral, à paz e à sensatez como elementos essenciais da convivência humana e da justiça. Ele dedica também aos profissionais de saúde “que dão a própria vida em defesa das vidas ameaçadas pela doença”. Frisa a importância da fé e da Ciência, “até que a raça humana se conscientize”.
Geraldo é um artista que percorre a música como um andarilho universal, movido por poesias e sons, de alma pantaneira. O repertório, com 11 canções, é outra colherzinha de surpresa – uma surpresa saborosa e na medida imensurável desta simplicidade chamada Geraldo Espíndola.