Enquanto a maioria dos sindicatos laborais não conseguiu fechar acordo salarial sequer com os índices inflacionários, os empregados em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul conquistaram um piso de R$ 1.167,60 para vigorar a partir de 1º de março (2017) a fevereiro de 2018. Esse reajuste, de 5%, chega dois meses depois que o piso passou de R$ 1.082,75, em dezembro de 2016, para R$ 1.112,00 em janeiro de 2017.
Com esse novo valor, de R$ 1.167,60, em vigor a partir de 1º de março, adicionado aos R$ 350,28 referentes a 30% de periculosidade sobre o piso, cada trabalhador receberá um total de R$ 1.517,88 mensais, informa o Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul), responsável por essa conquista junto à classe patronal.
“Todos sabemos da crise econômica que o País atravessa e avançar com o salário dos nossos trabalhadores, acima do acumulado da inflação, realmente foi uma grande conquista de nosso sindicato na negociação”, afirma José Hélio da Silva, presidente do Sinpopetro/MS.
Na negociação, os empregados conquistaram também o valor de R$ 450,00 na participação do lucro das empresas, que serão pagos em duas parcelas. A primeira, de R$ 225,00 na folha de agosto de 2017 e a segunda, no mesmo valor, na folha de fevereiro de 2018.
Esse piso é para frentistas, lavadores, atendentes de escritório, auxiliares de serviços gerais, valeteiros, lubrificadores, caixas internos do posto (escritório), vigias e atendentes de lojas de conveniências.
Pelo acordo, os gerentes recebem dois pisos salariais da categoria, acrescidos de periculosidade. Para os trabalhadores com salário superior ao piso, o reajuste será de 5% sobre o valor que recebem.
O diretor do Sinpospetro/MS, Gilson da Silva Sá, informou que os funcionários que trabalham no período noturno, além de receberem os 30% de periculosidade sobre o piso, recebem ainda 30% de adicional noturno sobre sua remuneração, perfazendo um salário de R$ 1.973,24 mensais.
Todos os empregados em postos de combustíveis também recebem uma cesta básica com 36 quilos de alimentos. Além dessas questões salariais, ficou aprovada também na Convenção Coletiva de Trabalho 2017/18 todas as cláusulas sociais da CCT anterior. A Assessoria Jurídica do Sinpospetro/MS, encabeçada pelo advogado César Palumbo Fernandes, foi fundamental na aprovação dessa nova convenção coletiva.