Mesmo com a pandemia, as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul registram neste ano o melhor resultado para o acumulado de janeiro a outubro da série histórica iniciada em 2009, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. No acumulado dos dez primeiros meses de 2020, a receita total alcançou US$ 3,18 bilhões, indicando aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2019, quando o valor ficou em US$ 3,02 bilhões.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, quanto à participação relativa, no mês de outubro, a indústria respondeu por 77% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação está em 63%. “Os grupos Celulose e Papel e Complexo Frigorífico continuam sendo responsáveis por 73% da receita de exportações do setor industrial, sendo 45% para o primeiro grupo e 28% para o segundo grupo, enquanto logo em seguida vêm os grupos Óleos Vegetais e Açúcar e Álcool, com 11% e 7%, respectivamente”, detalhou.
No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado alcançou US$ 1,44 bilhão, uma queda de 15% em relação ao período de janeiro a outubro de 2019, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 1,430 bilhão). Os principais compradores foram China, com US$ 862,1 milhões; Estados Unidos, com US$ 165,1 milhões; Itália, com US$ 98 milhões; Coreia do Sul, com US$ 55,1 milhões; Holanda, com US$ 44,9 milhões; e Reino Unido, com US$ 32,7 milhões.
Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a outubro foi de US$ 881,79 milhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2019, sendo que 47% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas congeladas de bovino, que totalizaram US$ 410,7 milhões. Os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 157,4 milhões; China, com US$ 146,3 milhões; Chile, com US$ 99,2 milhões; Emirados Árabes Unidos, com US$ 45,6 milhões; e Arábia Saudita, com US$ 41,9 milhões.