Depois de um rápido período de descanso – que não o tirou totalmente das lides do cargo -, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) reassume o comando do Executivo com as mesmas prioridades que havia definido no início do mandato: recuperar a saúde financeira e administrativa do Estado, com iniciativas de inclusão social e econômica, a restauração da credibilidade e a retomada do desenvolvimento.
Essas metas vêm sendo alcançadas, com enormes sacrifícios e algumas medidas nada populares. Os resultados, entretanto, evidenciam o acerto da gestão estratégica. Mato Grosso do Sul, em toda a administração de Azambuja, tem sido um dos estados que mais se destacam no enfrentamento e na superação da crise. Durante três anos consecutivos esteve entre os que mais geraram empregos com carteira assinada no país.
Cumprir todo o calendário de pagamento de final de ano, quando entram os custos excepcionais do funcionalismo (o 13º salário e o caixa para a folha de dezembro em mês de oscilação na receita), também foi um feito de alcance excepcional. A ele se juntou o saldo positivo da balança comercial, que no exercício passado e em relação ao ano anterior teve um superávit de 27,7%, patamar histórico: US$ 2 bilhões 250 milhões, conforme pesquisa divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior.
AQUÁRIO
Sem sombra de dúvidas, seguramente uma das maiores vitórias de Azambuja nesses três anos foi o processo de planejamento financeiro e operacional para acabar as obras que seu antecessor, André Puccinelli, deixou somente nos discursos festivos, no papel ou pouco além das fundações. De 215 obras que encontrou abandonadas, o tucano já concluiu e entregou 208, equivalente a 97% do total. As que faltam, entre elas o Aquário do Pantanal, a mais desafiadora, estão na planilha de ações em 2018.
Para chegar a esse impressionante desempenho, Azambuja investiu R$ 734,8 milhões em infraestrutura e obras civis nos 79 municípios. O Aquário do Pantanal, um dos retumbantes fracassos do governo de Puccinelli, foco de desvio de recursos e outros ilícitos, segundo o Ministério Público, estaria condenado a fazer parte da galeria dos “elefantes brancos”. Contudo, por entender que o contribuinte não poderia sofrer mais um ato de desperdício de seus recursos, Azambuja resolveu aceitar o risco de dar uma solução definitiva à obra.
Na terça-feira, 23, o canteiro de obras do Aquário voltou a ganhar vida. Agentes de saúde começaram a fazer o serviço de combate ao mosquito da dengue, enquanto servidores da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e detentos do regime semiaberto iniciavam a limpeza preparando a área para a retomada das obras. A finalização do Aquário foi assegurada pelo Governo mediante acordo com o Ministério Público Estadual (MPE/MS) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Iniciado em 2011, ao custo de R$ 80 milhões, e interrompido várias vezes, a última em 2016, o empreendimento já consumiu nos projetos cerca de R$ 230 milhões.
A dinâmica de investimentos continua. Logo que retornou das férias, Azambuja agendou para sábado, 27, a entrega de uma das obras mais aguardadas por Maracaju e região: o asfaltamento de 49,6 km da MS-460, rodovia que dá acesso ao distrito de Água Fria e interliga ao entroncamento com a BR-060 e a MS-162. Com recursos próprios (R$ 65,2 milhões), a obra foi concluída em duas frentes de serviço e o Estado já quitou o valor com as empresas construtoras.