As articulações para as eleições de 2022 em Mato Grosso do Sul estão em pleno andamento. A população deverá escolher um novo nome para administrar o estado, pois o atual governador Reinaldo Azambuja está no seu segundo mandato e não pode concorrer novamente.
Numa situação, o mais provável é que a sucessão estadual fique entre cinco candidatos, bem diferente do ocorrido em 2018, quando dois nomes polarizaram a disputa. O pleito de 2022 promete ser mais acirrado. Segundo apontam as últimas pesquisas a eleição para o governo de Mato Grosso do Sul deste ano será em dois turnos.
Estreante na política o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), apesar de extraoficialmente, já recebeu o bastão do governador e está divulgando os trabalhos de sucesso e a boa relação construída pelo governo tucano, o qual fas parte desde seu início em 2014. Com bons números que o colocam na disputa, um item chamou bastante a atenção, ele é o menos rejeitado entre os favoritos. “Para mim é uma surpresa, eu nunca fui político e todos os outros candidatos têm no mínimo 20 anos de política.”, declara Riedel.
O desempenho de Riedel demonstra uma boa performance e grande potencial eleitoral se considerados os resultados obtidos pelos demais adversários. “Eduardo Riedel, está preparado para governar o estado, é o nosso pré-candidato a governador, não existe plano B”, disse o presidente do PSDB, Sérgio de Paula.
Já o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), confirmou que é pré-candidato em 2022 pelo partido. Puccinelli, que hoje tem 73 anos, conta que segue falando com as pessoas, mas que aceitou ser o pré-candidato do partido devido a densidade eleitoral confirmadas em pesquisas. “Não há impedimento legal, nem de agora e nem no futuro, que me impeça de ser candidato a governador. Sou ficha limpa!” declarou.
Já a única mulher que aparece como favorita na disputa é Rose Modesto, que no último dia (7), lançou sua pré-candidatura ao governo em evento realizado no hotel Deville, em Campo Grande,
Provavelmente segundo ela, pelo partido União Brasil.: “Não vou me juntar com os grandes para prejudicar os pequenos” a deputada federal mais votada em Mato Grosso do Sul em 2018 e, proporcionalmente, uma das mais bem votadas do País. “Meu nome está aparecendo bem nas pesquisas de intenção de voto. Este é um ponto. Contudo, existem outras questões que precisam ser avaliadas, amadurecidas. Nunca fui e nunca serei candidata de mim mesma. Quero estar numa disputa majoritária. Porém, definirei depois de olhar nos olhos dos eleitores, de ter com eles a legitimação para avançar, devo mudar de partido, não por intrigas, mas sim em busca de espaço”, pondera.
Pelo campo da esquerda o mais lembrado é o ex-governador Zeca do PT. Afastado de funções políticas desde 2019 quando deixou a presidência estadual do partido e passou a cuidar de seu sítio em Dois Irmãos e de sua Pousada Pantaneira na foz do rio Apa em Porto Murtinho, ele está animado com a ideia de disputar o Governo. Ele avalia que com a volta de Lula ao cenário nacional , o PT busca nomes competitivos nos estados para as eleições de 2022 para reforçar palanques do ex-presidente.
O PSD de Mato Grosso do Sul aguarda a decisão do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), para definir se terá candidato ao governo. Para entrar na disputa, ele terá que renunciar ao cargo até dia 2 abril de 2022. Nos bastidores, Marquinhos mostra estar em dúvida, mas em público reafirma que renúncia dia 2 de abril.
Analistas consideram que ele ainda é lembrado pelos eleitores, mas que perdeu muito do seu capital político, principalmente entre os servidores municipais, com quem não consegue manter boa relação e nem respeitar acordos, nem os assinados como foi o caso do documento assinado com os professores da rede municipal. Também surge forte movimento popular de descontentamento com promessa feitas em campanha e não cumpridas. Os analistas acham que se ele renunciar, a vice Adriane Lopes terá mais do que rápido se bandear para o lado do governador, para tentar salvar a administração, hoje em frangalhos.
Por outro lado, tramita na justiça eleitoral ação que prevê a inelegibilidade do prefeito Marquinhos Trad, por irregularidades cometidas no último pleito eleitoral. Na ação de investigação judicial por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação mostra-se um quadro de extrema gravidade. Os processos seguem na 053ª Zona Eleitoral (0600471-62.2020.6.12.0053 e 0600469-92.2020.6.12.0053)
Veja os processos na integra nos links:
https://drive.google.com/file/d/1HMY4zJB9h0vRni1tKXrtgw66yCl_exnh/view
https://drive.google.com/file/d/1cdsLgLnaoXT2uHY4Eq89vAK_VR5wiwj4/view