Uma ampla e vigorosa mobilização da sociedade por políticas inclusivas em todos os níveis foi defendida pelos presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, e Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha, durante visita à unidade local da Casa da Mulher Brasileira, na terça-feira passada (19). Os dirigentes tucanos afirmaram que o legislativo tem compromisso com a democracia e a diversidade é item de destaque nesse conceito.
Recebidos pela juíza coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Jacqueline Machado, reuniram-se também com a Subsecretária Especial da Cidadania, Luciana Azambuja Roca, a Subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Giovana Corrêa Vargas, e a Secretária-adjunta da Cidadania, Maria Thereza Trad. “Os vereadores e os deputados querem contribuir ainda mais no combate à violência contra a mulher. Precisamos conscientizar”, disse Rocha.
O vereador enfatizou que a Câmara e a Assembleia estão à disposição para contribuir com a luta. “Discutimos no último dia 18 de março o empoderamento da mulher na política. Precisamos debater também o feminicídio, priorizando ações preventivas, mas discutindo também as punições. É um tema que já está em nossa pauta e não fugiremos dessa questão”, acrescentou.
O esforço comum e articulado entre os poderes foi ressaltado por Corrêa como um motivador diferenciado, porque põe numa única trincheira homens e mulheres que armam de coragem e se sustentam com a palavra da Constituição para fazer o combate pela democracia e pelos direitos legítimos da pessoa. “Eu e o presidente da Câmara reforçamos o compromisso das duas Casas de Leis em atuar em defesa de todas as mulheres”, assinalou.
“Na Assembleia já criamos a Frente Parlamentar em Defesa da Mulher. E temos orgulho em saber que hoje Mato Grosso do Sul é exemplo para o Brasil e para o mundo nas ações em defesa das mulheres, mas ainda há muito o que se fazer”, considerou Corrêa. O presidente da Câmara insiste na continuidade de ações que valorizem e estimulem a participação das mulheres na vida política do país.
Durante audiência pública realizada na segunda-feira passada (18), João Rocha comparou o ato à ponta de um iceberg, frisando que novas ações serão desenvolvidas. “Daqui tiramos várias ações que serão implementadas com apoio da Câmara. As mulheres aqui presentes tiveram coragem de se apresentar, colocar seu nome à disposição, participando da política efetivamente, disputando eleições, ocupando cargos de gestão pública. Nos colocamos como pessoas públicas, expostos a todo tipo de avaliação, algumas delas justas e verdadeiras, e muitas injustas. A mulher é esteio, dá sustentação, dá rumo”, salientou Rocha.
Mulheres de Mato Grosso do Sul representantes no Congresso Federal e em cargos de destaque do Executivo defenderam na audiência políticas de enfrentamento, de paridade para essas disputas e reserva de assentos no Parlamento. Ainda, houve reação e mobilização contra proposta apresentada na Câmara dos Deputados que revoga a cota mínima de 30% para as mulheres nas eleições.
“Mulher é o pescoço que dá sustentação a cabeça. A minha está meio bamba, pois perdi meu pescoço há um ano. Tive oportunidade de conviver 45 anos com a Rose, que atuava na política sem colocar seu nome na disputa. Ela era extremamente política. Com certeza está aplaudindo essa ação de hoje”, disse Rocha, lembrando-se de sua esposa Rose Rocha, que faleceu em maio do último ano.