Em comparação ao trimestre fechado em maio, o desemprego no Brasil caiu para 13,2%, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mesmo trimestre em 2020 a falta de ocupação atingiu 14,4% dos brasileiros. Apesar da queda, o Brasil ainda possui 13,7 milhões de pessoas que não estão empregadas. O rendimento real habitual ficou em R$ 2.489, 4,3% menor do que o trimestre anterior de março a maio e queda de 10,2% em comparação ao mesmo período de 2020
O número de brasileiros atuando de forma autônoma também bateu recorde da série histórica: agora são 25,4 milhões. Outro índice que subiu na comparação foi o de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, que inclui também profissionais domésticos. Assim, 31 milhões de brasileiros estão nessa situação, com um aumento de 6,8% (2,0 milhões de pessoas). Os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado são 10,8 milhões, um aumento de 10,1% (987 mil pessoas) no fator trimestral e 23,3% (2,0 milhões) ante 2020.
VEÍCULOS
O preço dos carros 0 km não para de crescer no país. O setor vem sendo afetado pela escassez generalizada de semicondutores, que deixa a produção mais demorada e onerosa. Os novos números da Kelley Blue Book (KBB) mostram que o cenário criado pela pandemia de Covid-19 não apresenta previsão de mudança a curto prazo.
O Monitor de Variação de Preços da consultoria automotiva aponta que os modelos 2022 tiveram acréscimo médio de 2,59% em setembro. Nesse patamar, a média de alta no terceiro trimestre do ano fechou em 5,31%. No acumulado do ano, com dados até setembro, os modelos 0 km apresentam 13% de alta nos preços, segundo a KBB.
A curva ascendente dos preços também foi observada nos segmentos de seminovos e usados (automóveis com até 3 anos de uso). No terceiro trimestre, a alta acumulada foi de 1,37%, em média, sendo o ano modelo 2018 o que mais contribuiu para a subida de preços no período, com média acumulada de 2,69% de alta no período. Os usados apresentam 11,12% de aumento neste ano (dados até setembro), sendo os modelos 2018 os que mais avançaram, com 14,87% de alta.
SEM MOTIVO PARA RECLAMAR
Na órbita do devastador furacão socioeconômico que empobrece populações do Brasil e de outras nações atingidas pelas crises conjunturais e impactos da pandemia, há quem celebre a conferência de suas contas bancárias e dados patrimoniais. Os bancos, por exemplo. No Brasil, o Santander registrou lucro gerencial de R$ 4,34 bilhões no terceiro trimestre de 2021, um crescimento de R$ 12,5% em relação ao mesmo período de 2020.
Na comparação com o segundo trimestre de 2021, a alta foi de 4,1%. Já o lucro líquido societário atingiu R$ 4,272 bilhões no terceiro trimestre, incremento de 12,1% na base anual. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 22,4%, maior patamar histórico. A margem financeira líquida atingiu R$ 10,9 bilhões, um salto de 17,6% na comparação ano a ano.
BAMBURRADO
O empresário Elon Musk, CEO da Tesla, que já ocupa o posto de homem mais rico do mundo, se aproxima de um patrimônio líquido de US$ 300 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da agência Bloomberg. De domingo (24) para terça-feira (26), a fortuna estimada de Musk saltou de US$ 252 bilhões para US$ 289 bilhões, um aumento de US$ 37 bilhões, após a Hertz, uma locadora de veículos, fechar um acordo para comprar 100 mil carros elétricos da Tesla até o fim de 2022.
Com a compra, a empresa ultrapassou a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. A consultoria JATO Dynamics disse que o Tesla Model 3 foi o veículo mais vendido em setembro na Europa. Tendo em vista a atual cotação do dólar, a fortuna estimada de Musk saltou de R$ 1,4 trilhão para cerca de R$ 1,6 trilhão e a Tesla alcançou um valor de mercado superior a R$ 5,6 trilhões. No índice da Bloomberg, Musk tem US$ 96 bilhões (R$ 535 bilhões) de diferença do segundo colocado, o empresário Jeff Bezos, da Amazon, com uma fortuna estimada em US$ 193 bilhões (R$ 1,1 trilhão).