Após passar por um tratamento renovador com reformas em suas instalações e ajustes de modernização e melhor aproveitamento de espaços, o Palácio Guaicurus, sede oficial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, estará com suas portas totalmente abertas a partir desta semana. Mesmo com o período de carnaval (de 9 a 13), as atividades políticas e legislativas se reiniciam e a Mesa Diretora sabe que em 2018 terá uma agenda congestionada, em razão do ano eleitoral e das demandas acumuladas da sociedade.
Uma das expectativas que cercam o retorno dos deputados e deputadas estaduais está relacionada ao passo político e eleitoral que cada qual vai dar. Alguns projetos ainda constam da lista de incógnitas. O presidente da Casa, Júnior Mochi (MDB), por exemplo, tem diante de si várias alternativas. A primeira: candidatura à reeleição para mais quatro anos de deputado estadual.
As outras alternativas de Mochi incluem um espaço em chapa majoritária, como candidato a vice-governador ou até a governador, ou ficar onde está para, eventualmente, assumir o Governo por curto período. Esta hipótese é provável, desde que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) opte por afastar-se para concorrer à reeleição e sua vice, Rose Modesto, se desincompatibilize do cargo para disputar a Câmara dos Deputados. Nesse caso, quem assume é Mochi, terceiro da linha sucessória. Se Mochi não assumir, o próximo da escala é quem estiver presidindo o Tribunal de Justiça.
Também estão na conta das expectativas os projetos eleitorais dos deputados Eduardo Rocha (MDB) e Grazielle Machado (PR). Ele, com apoio da esposa, a senadora Simone Tebet, está com um pé na chapa de candidatos à Câmara dos Deputados. Se for vitorioso, terá quatro anos garantidos para morar com a mulher em Brasília e visitar seu Estado e sua base eleitoral, Três Lagoas, nos finais de semana.
Para Grazielle, o desafio da hora é garimpar votos que garantam sua reeleição. No entanto, seu pai, Londres Machado (PR), pode estar acariciando o desejo de reocupar o espaço em que reinou ao longo de durante 11 mandatos consecutivos. Isso, em tese, forçaria a filha a procurar outro rumo, o de lutar por uma vaga de deputada federal. Mas estas projeções não passam de conjecturas. Tudo indica que Grazielle já fechou a questão e vai tentar se reeleger, não restando ao pai outro destino se não o de resignar-se à condição de dirigente partidário, conselheiro político e articulador dos mais eficientes na história guaicuru.
O exercício de 2018 será também uma temporada de afirmação da AL-MS no que diz respeito às inovações introduzidas pela Mesa Diretora. Os investimentos contemplam as áreas da funcionalidade, enxugamento de despesas, automatização de serviços e modernização nos sistemas de comunicação.