Diante de inúmeras pesquisas que comprovam o quanto o aparelho celular pode ser uma fonte de bactérias “ambulante”, o deputado Marcio Fernandes (PMDB), apresentou nesta quinta-feira (16), projeto de lei que proíbe a utilização de celulares em UTI’s neonatais em Mato Grosso do Sul.
Para o autor do projeto, esse é uma alerta à todos, afinal as pessoas acordam e dormem ao lado do celular, sem saber que eles podem conter até 600 bactérias, o que significa 30 vezes mais do que as 20 que existem em um vaso sanitário, conforme a pesquisa realizada por Maite Muniesa, no Departamento de Microbiologia da Universidade de Barcelona.
Outra pesquisa interessante foi a realizada na Inglaterra pelo professor de microbiologia Joanne Verran da Manchester Metropolitan University. Ele concluiu que um celular é tão sujo quanto uma sola de um sapato. A experiência foi repetida no Brasil pelo biomédico Dr. Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria. Ele recolheu amostras de celulares e também de solas de sapatos. Tudo foi levado para o laboratório e os resultados das análises comprovaram: um celular tem tanta bactéria quanto uma sola de sapato.
A restrição em especial nas UTI’s neonatais, é devido à fragilidade dos pacientes que se encontram por lá, como bebês prematuros ou com estado de saúde grave, sendo que uma simples infecção pode comprometer a vida do bebê.
“Devemos nos fazer uma pergunta simples, você teria coragem de pegar em um assento de privada ou a sola de um sapato sujo e em seguida pegar ou passar as mãos em um bebê? Com certeza a resposta é não, e deveria ser a mesma resposta para o aparelho celular, precisamos conscientizar a população do quanto esse objeto traz riscos de contaminação”, explica Marcio Fernandes.
De acordo com o projeto, caso seja necessário utilizar o celular, deve ser feito fora do local mencionado e ao retornar devem ser realizados todos os procedimentos de higiene indicados pelo enfermeiro responsável.
E ainda sugere que sejam realizadas campanhas informativas dentro e fora dos hospitais, para alertar os perigos ocasionados pela transmissão de bactérias e germes em UTI’s neonatais, através do manuseio do aparelho celular.