A arritmia cardíaca é uma condição acarretada pela falta de ritmo nos batimentos do coração. Esse aspecto pode ser sintoma de alguma doença, seja física ou psicológica, para o organismo ou indicar um desequilíbrio no órgão, para o qual é necessário auxílio médico. O cardiologista Márcio Prado, que atua na Cassems, fala sobre esse fenômeno.
Márcio explica que o fenômeno das arritmias se divide em dois grupos: as bradiarritmias e as taquiarritmias. “A primeira é quando cursa um batimento cardíaco baixo e, a segunda, quando os batimentos cardíacos são acelerados”.
Dentre os sintomas e consequências das arritmias cardíacas, o cardiologista aponta algumas. “Falta de ar, palpitação, cansaço, síncope, popularmente conhecida como desmaio e, em casos mais graves, pode até levar à parada cardíaca. Vale a pena destacar que, em alguns casos, as pessoas podem ter arritmia e serem assintomáticas”.
Para diagnosticar a patologia, é possível buscar alguns métodos gráficos de registro do ritmo do coração. “O mais comum que temos é o eletrocardiograma, mas existem alguns outros exames que também nos auxiliam, como o teste ergométrico, que é um exame muito importante para diagnosticar arritmias naqueles casos em que as pessoas falam que tem sintoma quando faz um esforço físico e, também, o holter, de 24 horas, em que se consegue diagnosticar os casos que o paciente tem um sintoma intermitente”.
O tratamento para a arritmia vai depender do caso. “Em alguns casos, com batimentos cardíacos baixos, pode ser necessário o implante do marca-passo, um dispositivo colocado por baixo da pele e, no seu gerador, há dois cabos que vão para o coração. Ele reconhece uma arritmia maligna e, em cima disso, faz a terapia, que é dar um choque. Em outros casos, é oferecido um catéter, que se chama ablação por radiofrequência e, por meio dele, se identifica o foco da arritmia”.
De acordo com o cardiologista, é possível que as arritmias cardíacas estejam condicionadas, ainda, ao estilo de vida do paciente. “Ao ter uma rotina de vida saudável, é possível evitar as arritmias cardíacas. Isso ocorre também quando o paciente já tem uma comorbidade. Fazendo o tratamento à risca, da maneira correta, ele evita o desenvolvimento das arritmias”.