O tecnólogo em eletrotécnica responsável pela aferição básica em propriedade rural no município de Miranda que comprovou diferença de medição em relação ao relógio instalado pela concessionária faz parte da primeira relação de pessoas que vão prestar depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as denúncias da prática de tarifas abusivas em Mato Grosso do Sul. Instalada no final do mês passado, a CPI fez na quarta-feira sua segunda reunião, sob a presidência do deputado estadual Felipe Orro (PSDB), autor do requerimento que criou o colegiado.
Orro apresentou cinco solicitações, entre as quais a que faz a convocação para os depoimentos. “Para dar início às investigações, vamos coletar informações através de oitiva do técnico responsável por laudo que comprovou diferença na medição em relação ao relógio da Energisa”, explicou. “Este laudo foi o que deu embasamento ao fato determinado do meu requerimento de instalação de CPI, e agora teremos mais detalhes a respeito desse trabalho que descobriu irregularidade na medição de unidade consumidora”.
Outros quatro requerimentos pedem o apoio técnico da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e da Universidade Federal (UFMS), além de informações a respeito de reclamações contra a Energisa registradas no Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) e na Defensoria Pública Estadual.
O relator da CPI, Capitão Contar (PSL), apresentou dois requerimentos, nos quais solicita participação da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) e do MPE/MS (Ministério Público Estadual) nos trabalhos de investigação da Comissão. O deputado estadual Marçal Filho (PSDB), suplente da comissão, encaminhou ao presidente Felipe Orro dois requerimentos também solicitando dados de reclamações registradas no Procon e Defensoria Pública. Também foi sugerida a realização de audiências públicas nos municípios para ouvir os consumidores e feito convite aos membros do Ministério Público (MP/MS) e da Ordem do Advogados do Brasil (OAB-MS) para acompanharem a CPI.