O carnaval de Corumbá de 2018 deu os primeiros repiques esta semana com a prefeitura da cidade mais foliã do Estado anunciando a liberação de R$ 900 mil para as escolas de samba, blocos e cordões, em três parcelas até 26 de janeiro. O prefeito Marcelo Iunes, que já foi presidente da campeoníssima escola Vila Mamona, garantiu o repasse inicial de R$ 350 mil, permitindo que as agremiações antecipem os preparativos para o desfile na Avenida General Rondon.
No próximo ano, o carnaval acontecerá de 8 a 13 de fevereiro em Corumbá, e a ordem do desfile das escolas de samba, por sorteio, já foi definida pela Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba). No domingo (11), a Major Gama faz o abre alas, seguida da vice-campeã de 2017, Mocidade da Nova Corumbá; A Pesada, Imperatriz Corumbaense e Caprichosos de Corumbá. Na segunda (12), desfilam Estação Primeira do Pantanal, Marquês de Sapucaí, Vila Mamona (campeã de 2017), Acadêmicos do Pantanal e Império do Morro. O desfile dos 11 blocos oficiais acontecerá no sábado (10), e dos cordões, na terça-feira (13).
No Carnaval deste ano não houve rebaixamento, por isso as dez agremiações vão disputar em um único grupo. A Liesco ainda não definiu se permanece um grupo ou se retornam os grupos ‘Especial’ e ‘De Acesso’. Foi definido também pela entidade que o tempo de desfile reduzirá de 80 minutos para 75 minutos. O número mínimo de componentes foi estabelecido em 600 pessoas, enquanto a bateria em pelo menos 70 componentes.
RETORNO
As escolas de samba vão receber R$ 600 mil de apoio financeiro da prefeitura, enquanto os blocos, R$ 220 mil, e os cordões, R$ 80 mil. O primeiro repasse – R$ 350 mil – será liberado no dia 8 de dezembro, prometeu o prefeito em reunião com as entidades carnavalescas. A prefeitura e as agremiações vão firmar um documento de parceria, chamado Termo de Colaboração, conforme lei federal que regulamenta repasses de recursos públicos.
Ao anunciar a verba, o prefeito Marcelo Iunes reclamou da falta de apoio do empresariado local, principal do segmento de turismo, setor que mais se beneficia com o maior carnaval da região Centro-Oeste. “Temos buscado apoio do setor privado para que o carnaval continue crescendo e se profissionalizando, mas nossos empresários não se manifestam”, disse Iunes. “Esperamos contar agora com o apoio financeiro do Estado”, cobrou ele.
Segundo o prefeito, o dinheiro gasto no carnaval, em plena crise financeira, é investimento porque gera retorno ao município em impostos e gira a economia local com a presença de milhares de turistas, além de emprego e renda. A movimentação financeira, segundo a prefeitura, chega a R$ 12 milhões. Os organizadores do carnaval estimam que serão gastos R$ 4 milhões na montagem do próximo carnaval, incluindo infraestrutura, shows e apoio às agremiações.