A Cia Teatral OFIT estreia na quinta-feira (3) o espetáculo ‘Pedra Bruta – Ensaio para colher o provisório das coisas’, às 20 horas, e segue com apresentações até domingo (6), no Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. O espetáculo tem duração aproximada de 45 minutos, classificação indicativa de 14 anos, entrada gratuita e ingressos limitados.
O novo espetáculo da Cia. OFIT é uma mistura de arte e vida, de emoção e entrega, de gatilhos e pulsões. A peça revela um caleidoscópio de situações e angústias que promovem uma exposição direta, engraçada e sensível sobre a intolerância, a juventude e a intensidade dos tempos de agora.
Enquanto a natureza de um grito coletivo é lapidada, o teatro desponta para iluminar a superfície dos olhos e aquele açúcar que fica no fundo. O estado bruto se torna a matéria tanto das pequenas violências cotidianas quanto da capacidade de moldar o tempo que resta. Pedra Bruta é um encontro que estreita a distância entre ator e personagem, entre os silêncios coagidos e as explosões que pairam quando o palco se transforma no instante incontornável para se falar sobre tudo o que poderíamos ser, se o mundo soubesse colher a brutalidade das pedras.
Com direção de Nill Amaral e escrito pelo dramaturgo e colaborador da OFIT há mais de cinco anos, Éder Rodrigues, a peça é originária do projeto ‘AMADORES – O que você gostaria de dizer através do teatro e não teve oportunidade?’, que no começo deste ano teve sua desenvoltura através do Edital do Fundo de Apoio ao Teatro de Campo Grande (FOMTEATRO), por meio da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campo Grande (SECTUR), com apoio da Secretaria Estadual de Cultura e Cidadania (SECC), Fundação de Cultura (FCMS), Centro Cultural José Octávio Guizzo (CCJOG) e UFGD – FACALE Curso de Artes Cênicas.
“Durante o processo de ensaios e preparação do projeto, muitos recortes foram surgindo, inspirados na polarização e nos contextos sociais bastante discutidos na atualidade, como a falta de comunicação, a intolerância, o preconceito. O projeto não teve a conotação de realizar oficina para formar atores, mas o de buscar um diálogo cênico que atravessasse o seu pensamento na construção de uma identidade teatral que só a arte permite”, afirma o diretor Nill Amaral.
Sobre o espetáculo, o diretor complementa que “no palco os atores encenam situações que vai da violência ao processo de questionar o próprio estar em cena, em outras palavras, discutir o fazer teatral na nossa atualidade. As cenas se desenrolam a poucos metros do público, no foyer do teatro, pretendendo uma identificação imediata”.
Todo o processo teve mais de quatro profissionais renomados orientando cada passo, desde o figurino aos vídeos/depoimentos elaborados para o espetáculo partiram da premissa inicial: “O que você gostaria de dizer através do teatro e não teve oportunidade?”.
Apresentações gratuitas de quinta a sábado (3 a 5), às 20 horas, e no domingo (6), às 18 e 20 horas. Os ingressos devem ser retirados com 30 minutos de antecedência. O Centro Cultural José Octávio Guizzo está localizado na Rua 26 de Agosto, 453 – Centro, entre a avenida Calógeras e Rua 14 de Julho. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795.