Acontece na quarta-feira (12), às 19 horas, a abertura da exposição coletiva ‘Diversidades Condensadas’, dos bacharéis do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) na galeria Wega Nery e na sala Ignês Corrêa da Costa no Centro Cultural José Octávio Guizzo (CCJOG).
A exposição ‘Diversidades Condensadas’ é a segunda edição da mostra nesse ano dos bacharéis em Artes Visuais da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) da UFMS e tem curadoria da professora Priscilla Pessoa. O evento é uma realização da Fundação de Cultura em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
“A coletiva é o resultado da conclusão do curso dos artistas recém-formados, levando ao público não só suas pesquisas individuais, mas também um panorama constante da formação artística desenvolvida no decorrer do curso. Nesse ano 9 artistas participam do evento, apresentando o que eles mesmos denominaram uma diversidade condensada, o que acabou dando título à exposição’, explica Priscilla.
ARTISTAS E OBRAS
Alex Alonso trata de identidade e de como ela é construída na percepção de nossas experiências, usando para isso a materialidade transparente do vidro e o conceito de construção em camadas da pintura; Camila Calolinda trabalha, a partir de pinturas e desenhos, com o conceito de “não lugar”, representado em sua obra pelos espaços públicos de rápida circulação como rodoviária e aeroporto, de onde ela retira elementos banalizados e os revê sob novas luzes; Carolina Castro apresenta uma videoarte em que discute a relação entre o sujeito e o mundo com base em reflexões filosóficas que propõem um olhar crítico para as suas próprias percepções e vivências pessoais; Deborah Nazareth traz o olhar construtivista de sua primeira formação, como arquiteta, desenvolvendo obras bidimensionais e tridimensionais com uma intenção poética de leitura do mundo que a cerca, procurando a síntese visual das formas; Gabriella Oshiro, em sua série de delicadas e sintéticas aquarelas azuis, encontra laços entre o vazio existencial e a depressão, numa tentativa de dar vazão a sentimentos que compõem a nosso cotidiano; Lila Borges aborda, numa instalação, o feminicídio e suas raízes alimentadoras, fincadas profundamente nas sociedades patriarcais; Lucas Braz parte de acontecimentos do cotidiano, bem como de canções, viagens ou até mesmo memórias para desenvolver suas experimentações em pintura e desenho; Maria Angélica Chiang apresenta um objeto que reúne em si diversas imagens/registros de sua vivência entre os Guarani e Kaiowá, num convite a experimentar a rede de caminhos que esse povo originário traça no mundo e no seu modo livre de ser; Natália Mota realiza uma série de pinturas autorreferentes – sua família, amigos e animais são pintados por cima de telas antigas, cobrindo o passado com o presente, onde o precário, o temporário, o efêmero e outros conceitos dialogam com as pinturas, criando uma narrativa sobre como a artista vê o mundo.
A mostra tem classificação livre e estará aberta para visitação de terça a sexta das 8 às 22 horas e sábado das 8 às 18 horas até 31 de janeiro, nas galerias Wega Nery e Ignês Correa da Costa. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na rua 26 de Agosto, 453, entre a Calógeras e a 14 de Julho ou pelo telefone 3317-1795.