De 2013 a 2016, durante quatro longos anos, a população sofreu com o desgoverno de gestores eleitos para construir e que acabaram praticando uma destruição sem precedentes na história da cidade. O furacão passou, varrido pelo voto popular – as eleições trouxeram um tempo renovado. Agora, a capital de Mato Grosso do Sul deixa de ser refém da baixa estima e da dolorosa espera por dias melhores. O horizonte do progresso se reabriu.
Depois de medidas emergenciais como a operação tapa-buracos e até de intervenções excepcionais, como a de antecipar parte de recursos para obras do governo federal com o cronograma atrasado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pôs em prática com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) um conjunto de ações que sistematizam o resgate da dinâmica de crescimento de Campo Grande.
A parceria entre Município e Estado começou concretamente já no primeiro dia de janeiro, quando logo após a posse de Marquinhos o governador enfatizou seu compromisso com o programa defendido em campanha pelo candidato do PSD. A ideia de governar para as pessoas, tão cultivada por Azambuja, estava descrita nas prioridades que o prefeito se dispôs a realizar, com ênfase na restauração e na modernização urbana e dos serviços, focalizando a revitalização da economia para gerar empregos e ajustar o atendimento às demandas de alta necessidade (saúde e educação, por exemplo) a uma população que logo será de um milhão de moradores.
JUNTOS
Das ações emergenciais ao impulso definitivo não demorou mais que oito meses. Na primeira semana de setembro, dia 4, a Câmara Municipal serviu de cenário para a oficialização do Programa “Juntos por Campo Grande”. Diante de um numeroso público e dezenas de autoridades, Azambuja e Marquinhos selaram a parceria interinstitucional para uma única caminhada. O Estado entra agora com uma contrapartida de R$ 15 milhões de um “bolo” de R$ 180 milhões de investimentos em infraestrutura nos bairros. O aporte estadual garante a retomada de obras que estavam paralisadas.
Com camisas personalizadas do programa, autoridades e lideranças políticas deixaram evidentes o clima de otimismo e confiança. “Estamos juntos por uma missão única, em um momento que mostra que independente de questões políticas ou partidárias estamos fazendo uma parceria em benefício das pessoas. A gente não administra para partidos, administra para pessoas”, disse Azambuja. Suas palavras refletiam a pluralidade de um ato que levou à Câmara representantes das variadas forças partidárias e sociais.
Azambuja destacou a disposição de todas as equipes e servidores envolvidos nesta parceria. “As pessoas sofrem quando o poder público não caminha na mesma direção. E essa união que estamos celebrando significa que temos uma direção comum”, acentuou, depois de lamentar os recursos perdidos pelo município devido à falta de iniciativa em anos anteriores.
“Estes convênios não são apenas atos formais e assinaturas. Representam os frutos de várias viagens a Brasília e o apoio de parceiros decisivos, como o governador Reinaldo e as bases parlamentares do Estado”, salientou Marquinhos. “Assim que assumi, procurei o governador para firmar a parceria”, recordou. O trabalho conjunto vem rendendo. Em janeiro foram destinados R$ 20 milhões de auxílio para o serviço de tapa-buraco. Desde então, diversas obras vêm sendo executadas pela prefeitura custeadas pelo Estado, entre elas a revitalização da rotatória da Avenida Mato Grosso, frentes de asfalto no Aero Rancho e o Polo Industrial da região Norte.
Outro ganho social expressivo é o convênio de R$ 5 milhões para aquisição do material a ser usado na construção das moradias para as famílias removidas da comunidade Cidade de Deus. Entre as lideranças e autoridades que festejam essas conquistas, e têm participação destacada no processo, estão a vice-governadora Rose Modesto; os presidentes da Assembleia Legislativa e Câmara Municipal, Júnior Mochi e João Rocha; parlamentares de diversos partidos, como o deputado estadual Rinaldo Modesto; e assessores estaduais e municipais, como os secretários de Saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, e Obras, do Estado, Marcelo Miglioli.
OBRAS
O “pacote” inicial do Programa Juntos Por Campo Grande prevê as obras de infraestrutura do Bálsamo (urbanização e recuperação de áreas degradadas dos Córregos Bálsamo, Segredo e Taquaral); manejo de águas pluviais no Rio Anhanduí; recuperação no Complexo Anhanduí, Cabaça e Areias; drenagem, pavimentação e qualificação de vias urbanas em dezenas de bairros; corredores de transportes pelo PAC Mobilidade receberão R$ 24 milhões da União, incluindo R$ 1,3 milhão do Estado. Serão beneficiados os corredores Calógeras-Zahran, Gury Marques (Interlagos-Terminal Guaicurus) e Rua Bahia (entre Afonso Pena e Coronel Antonino).