Dois órgãos da administração municipal e uma organização não-governamental (ONG), articulados em ações que envolvem políticas públicas de governo, fé cristã e processos socioeducativos, realizam em Campo Grande um elogiável esforço para abrir caminhos de recuperação a jovens que caíram no mundo das drogas e tornaram-se dependentes químicos.
As subsecretarias de Políticas para Mulher e Políticas para Juventude e a ONG Comunidade Terapêutica Fazenda Esperança vêm trabalhando para que esses jovens mudem o foco e vejam a vida sob uma nova ótica e uma nova perspectiva. Por meio de cursos profissionalizantes de culinária e beleza, as entidades governamentais vêm ajudando a Fazenda Esperança a ampliar o trabalho que já realiza há 34 anos.
Com 132 unidades espalhadas por 19 países, sendo duas em Mato Grosso do Sul, uma em Campo Grande (para tratamento de mulheres) e outra em Rio Brilhante (para tratamento de homens), a comunidade vem atuando proficuamente na recuperação de jovens dependentes químicos. Avaliada como a maior obra da América Latina nesse tipo de atividade, em Campo Grande é uma das únicas comunidades que recebem apoio governamental.
Durante a campanha, em 2016, o então candidato Marquinhos Trad fez deste um de seus principais compromissos, já anunciando que construiria o maior número de parcerias voltadas ao resgate ao tratamento contra a dependência química. Para Daniela Santos Lima, coordenadora regional da Fazenda da Esperança (que cuida dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro), as parcerias fazem muita diferença.
A Fazenda da Esperança é uma comunidade terapêutica criada para atender pessoas com dependência química do álcool, de drogas e de remédios. Carla Stephanini, subsecretária de Políticas para Mulher, considera fundamental o empoderamento das mulheres atendidas pela iniciativa, com o viés da autonomia financeira. O subsecretário de Políticas para a Juventude, Maicon Nogueira, ressalta o apoio institucional. “É muito importante trabalhar com pessoas em processo de recuperação. São mulheres que vêm de uma situação de vulnerabilidade muito grande e precisam muito da atenção do município”, diz.