Os elogios do ministro Rossieli Soares à política pública de ensino que vem sendo desenvolvida em Mato Grosso do Sul não deixaram dúvida alguma sobre o alto nível com que a área é tratada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Foi na segunda-feira, 18, quando o titular do Ministério da Educação (MEC) esteve em Campo Grande para a solenidade em que o Estado tornou-se o primeiro do País a formatar o novo modelo de currículo único escolar de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O secretário estadual de Administração, Carlos Alberto de Assis; os deputados estaduais Professor Rinaldo (PSDB) e Pedro Kemp (PT) e vereadores de Campo Grande também estiveram presentes.
Azambuja e a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, juntamente com secretários, assessores, prefeitos e representantes dos 79 municípios destacaram o esforço comum e vitorioso para implementar as medidas de qualificação e modernização das metodologias que fazem do ensino em Mato Grosso do Sul uma referência no Brasil. Na construção da proposta local da BNCC, o Estado teve 100% de adesão dos municípios.
“A construção do nosso currículo foi um trabalho feito com muito empenho e todos participaram. É fundamental destacar a integração entre rede estadual, municipal e particular, a dedicação dos redatores, todo o apoio da nossa equipe – com a coordenação do professor Hélio Daher [coordenador estadual da BNCC] – e de tantos outros profissionais que estiveram diretamente envolvidos”, afirmou Cecília Motta. Ela ressaltou a capacidade do Estado na construção de um estrito e propositivo diálogo com as prefeituras, entidades e os profissionais envolvidos no processo.
COLABORAÇÃO
“O mais importante é que os sul-mato-grossenses assumiram um protagonismo sem precisar de nenhum empurrão. Na verdade, o Estado está ajudando a empurrar o Brasil por meio de um regime colaborativo”, sublinhou Rossieli Soares. “E aproveito esse momento para cumprimentar a secretária e a equipe da Pasta que trabalha com a implementação da Base”, elogiou o ministro na entrega simbólica do documento que registra a obra pioneira.
O governador alinhou condições determinantes para alcançar esse resultado. Citou a integração e o comprometimento de todos que desenvolveram o documento e a visão futurista dos educadores. “Apresentar esta primeira versão do currículo é um avanço extraordinário, operado por meio do diálogo e da construção em conjunto”, pontuou Azambuja. Acrescentou que, além do governo estadual, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), as representações educacionais e os municípios se empenharam com peso decisivo no processo.
Segundo Hélio Daher, o diálogo com os municípios foi fruto de um trabalho de longo prazo. “Iniciamos o diálogo com os prefeitos para que também pudéssemos, além de implementar, construir o currículo estadual. Juntamos as coordenadorias regionais e reunimos os secretários municipais de educação. E a parceria firmada com a Assomasul [Associação dos Municípios] reuniu todos os prefeitos para apresentar a proposta de universalização da estrutura curricular”, explicou Daher.
Concluída a primeira versão estruturada do Currículo, o próximo passo será disponibilizar o documento para as escolas. A coordenação quer que até o final deste ano o projeto seja adequado de acordo com as recomendações enviadas aos redatores para a publicação. “É um momento único por conta da parceria entre os governos federal, estadual e municipais, focando a melhoria da qualidade do ensino”, creditou Daher.
A Escola de Autoria, como é chamada a unidade de tempo integral em Mato Grosso do Sul, acaba integrando família, escola e comunidade, destacou Cecília Motta. “A melhoria da qualidade do aprendizado dos alunos demonstra: esta é uma proposta que dá certo. O Ministério da Educação, por meio do FNDE, tem sido parceiro na melhoria física das escolas, principalmente as com este modelo de ensino integral”, emendou Azambuja.
Para elaboração do Currículo de Mato Grosso do Sul foi necessário dispor de 12 coordenadores regionais e 22 redatores, a participação da Fetems e a adesão dos 79 municípios. A secretária de Estado da pasta, Maria Cecília Amendola da Motta, reforçou que o documento está aberto para novas contribuições e que ele não irá “engessar” o trabalho dos educadores.