Em diferentes simulações que vêm sendo divulgadas pelas empresas de pesquisas de opinião pública ou consultoria especializada, agigantam-se a cada dia as projeções que apontam um processo de queda de prestígio e popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com reflexos diretos na curva para baixo na aprovação ao seu governo. Uma dessas pesquisas, realizada pela consultoria Atlas e divulgada em março pelo jornal espanhol ‘El País’, sinaliza que Bolsonaro estaria em maus lençóis se estivesse em busca da reeleição nessa data.
De acordo com a pesquisa, numa simulação de primeiro turno, Bolsonaro aparece com 32,7% das intenções de voto, contra 27,4% de Lula, formando o primeiro pelotão isolado. O presidente oscilou para baixo e Lula subiu cinco pontos em relação à pesquisa de janeiro. Na sequência aparecem o ex-ministro Sergio Moro (sem partido, 9,7%), Ciro Gomes (PDT, 7,5%), Luiz Henrique Mandetta (DEM, 4,3%), o governador paulista João Dória (PSDB, 4,3%) e o apresentador Luciano Huck (sem partido, 2,5%). No cenário sem Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) aparece em segundo lugar, com 15,4%.
Num provável segundo turno, Lula teria 44,9%, contra 36,9% de Bolsonaro, oito pontos de diferença. A disputa com Haddad seria mais apertada (43% a 39,4%), mas o petista também ganharia. Na simulação de segundo turno com Ciro, o pedetista também bate Bolsonaro (44,7% contra 37,5%). O levantamento mostra uma boa performance de Mandetta em uma eventual disputa final, apesar dos números modestos do democrata no primeiro turno. O ex-ministro da Saúde bateria o antigo chefe por 46,6% contra 36,9%.
OUTRA CONSULTA
Nova pesquisa, divulgada na última segunda-feira (5), feita pela XP/Ipesp, mantém semelhante projeção dos outros institutos. Enquanto Lula subiu 4 pontos percentuais, indo de 25% para 29%, Bolsonaro caiu, de 27% para 28%, na simulação do primeiro turno. Já no segundo turno, Lula é o único que vence Bolsonaro, com 42% contra 38%. Ciro Gomes, que aparece como terceira via, empataria com o presidente em 38%. Sérgio Moro também empata em 30% e Guilherme Boulos (PSOL) perde com 30% contra 38% de Bolsonaro.