O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), quer cumprir seu papel e o da instituição na busca de parcerias e soluções de demandas comuns do Estado e do Paraguai, envolvidos na expectativa da Rota Bioceânica, que já saiu do papel e está com suas primeiras obras em execução. Para tratar do tema, ele reuniu-se com autoridades paraguaias, entre as quais os presidentes dos consórcios municipais e o ministro de Carreira Diplomática, João Carlos Parkinson.
O ministro apresentou um modelo de convênio para a cooperação comercial que surgirá a partir da Rota Bioceânica. O encontro aconteceu na Associação dos Municípios (Assomasul). Corrêa destacou a importância do encontro: “Desde o começo o ministro Parkinson estava dialogando com a gente, defendendo a Rota Bioceânica. Dizia que ela ia acontecer, quisesse o Brasil ou não”, disse.
Conforme o parlamentar, a Alems está envolvida, “pois a ponte significa tudo, alcança mercados que nós nunca atingimos e iremos atingir. E só há uma pessoa que entende de comércio, aduana e barreira sanitária: é o ministro Parkinson”, afiança. Por seu turno, Parkinson foi enfático ao abordar a representatividade da Casa de Leis no processo de construção da Rota Bioceânica. “É fundamental a participação da Assembleia, para fazer chegar ao Governo Federal os seus interesses, as medidas de aduana específicas, por exemplo, para que não sejam delegadas ao Mercosul, que seriam menos eficientes para o corredor”, comentou.
O ministro explicou que o objetivo de acionar os municípios e a Alems é dar maior especificidade às medidas reivindicadas. “Há várias possibilidades de investimentos. Na área de armazenagem a frio, na construção de centros de distribuição de cargas, portos secos e integração ferroviária”, citou. Parkinson contou que começou a conversar com o proprietário da ferrovia boliviana oriental, interessado em assumir o controle da malha oeste, na reabilitação do trecho entre Ponta Porã e Campo Grande. “A ponte é uma nova logística para o Centro-Oeste e para o Brasil, e vai gerar novos fluxos de comércio”, finalizou.